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Por cinco votos a três, os vereadores rejeitaram o projeto de lei que solicita a autorização para o Município conceder o uso de área de terra a uma empresa de processamento e transformação de resíduos sólidos urbanos e industriais em produtos de valor agregado.
Votaram contra os vereadores Léo Mota (PSD), Willian Felipe da Rosa (PMDB), Edevaldo Borges dos Santos (PTB), Marcos Adriano Lerner (PDT) e Dilceu Francisco da Silva (PDT).
O vereador Edevaldo Borges (PTB), que não esteve na sessão passada, justificou que, como a sessão foi transferida para terça-feira, em decorrência da morte de um familiar do presidente, não participou porque tinha consulta médica. “Não sou homem de fugir. Acho que o diálogo é o mais importante sempre, em qualquer das situações”, afirmou. Sobre o projeto de lei, quanto ao lixão, Edevaldo defendeu que o local não é adequado. “Vai gerar cheiro ou desconforto. Se encontrarem outra área, em outro local e ser indicado e discutido, com certeza serei a favor, se é para o bem do município”.
Dilceu lembrou que moradores do local onde há previsão de instalar a empresa estiveram no Legislativo, na semana passada. “Só faltou a população vir aqui votar por nós contra aquele projeto. Colocar um lixão dentro de uma área onde é produzido alimento das nossas crianças?”, justificou.
Ildo Diedrish (PP), contrariado com a atitude da oposição, aproveitando que a matéria-prima da empresa é resíduo reciclado, disse que o Município recebe resíduos de lixo. “Vejo caminhões vindos de outras localidades, como Teutônia, Arroio do Meio, de tudo que é lugar. Estes dias falei com o pessoal do meio ambiente, da Fepam, e me disseram que eles estão fazendo isto porque não tem lei. Então, tem que trancar, vamos fazer a lei, urgentemente. Para onde estão levando isto? Cantagalo, Três Irmãos, de onde nossa água vem, do lençol Guarani. Daqui a alguns dias, nós não temos mais água para tomar porque não há legislação que proíba”.
O presidente Álvaro Brandão disse que também é contra o projeto de lei, mas que não foi necessário votar porque teve votos suficientes para derrubar a matéria. Ele pediu que o Executivo, em caso de novo local, consulte os vereadores e os moradores das proximidades. “Por mim não precisa. Estou cansado de coisas de lixo quererem vir para Fazenda Vilanova. Temos que investir em coisas que dão mais retorno ao município”.
Leo Mota falou sobre empresa Bella Luna
O vereador Leo Mota levou para a tribuna do Legislativo um documento que, segundo ele, mostra que a empresa de aromatizantes Bella Luna está registrada em endereço no Município desde 23 de novembro de 2017. A data é anterior à aprovação do projeto de lei que autoriza o Executivo a ceder área de terra à empresa, o que ocorreu no início de 2019. A questão é que o endereço registrado é o mesmo da área doada. O assunto está em debate porque o Município pede aos vereadores a ampliação do prazo de início da obra de instalação da empresa, que deveria ter começado até fevereiro de 2020.
Sergio Cenci (PP), sobre os investimentos no município, disse que não pedirá mais votos aos colegas. “A partir de hoje, cada um vota como achar que tiver que votar. Isto não é para mim e não é para o prefeito, isto é para Fazenda Vilanova. Se esta empresa se instalar, vai gerar retorno daqui a dois anos. Acredito que seja uma baita empresa, tem um projeto sensacional para Fazenda Vilanova. Peço que se analise bem”.
