Principal / Geral / Eletricista constrói barco e vai morar nas águas

Eletricista constrói barco e vai morar nas águas

O sonho de infância do mecânico eletricista Vanderlei Becker, 55 anos, começou a se tornar realidade neste ano. A paixão por embarcações e a vontade de andar sem rumo são cultivados desde a infância e a elas dedicou-se nos últimos anos. “Quando era piá, tinham dois filmes nos quais eu gostava muito: o Incrível Hulk e o Kung Fu, que são um pouco andarilhos”, lembra.

Vanderlei é natural de Santa Catarina, morou em Taquari, mas, há 19 anos tem residência fixa em Santa Cruz do Sul. Por quase cinco anos dedicou suas horas de folga à construção de um barco veleiro para se lançar ao mar, junto da esposa, a professora aposentada Ieda de Camargo, sem datas de chegada nem rumo.
No sábado, 29 de maio, eles estiveram em Taquari, atracando no rio, a bordo do barco Lelei. O nome da embarcação é uma referência ao seu apelido de infância. De Taquari, partiram para Porto Alegre, na Lagoa dos Patos e Rio Guaíba, onde permanecerão para dar os ajustes finais na embarcação. O objetivo é, em meados de 2022, iniciar a aventura pela costa gaúcha, seguindo por Santa Catarina e Brasil afora. Até lá, vão ficar em um clube para o barco receber o mastro de vela e para ter mais experiência com a navegação. “A partir do meio do ano, sim, começa essa aventura de chegar nos lugares, conhecer, sem previsão nem data para nada. Não existe data de sair do Brasil ou para chegar em algum lugar. A partir do meio do ano que vem, é curtir o que vier”, salienta.
Ele conta que pretende viajar por toda a costa do Brasil, entrando nos rios, em Santa Catarina, e pela Amazônia, nas cidades ribeirinhas. “Ir explorando, curtindo e depois que conhecer bem o Brasil, daí o Caribe. Quem constrói esse tipo de barco é para dar uma volta ao mundo, sem dúvida.”

O sonho

Há seis anos, em uma viagem a Maceió, Vanderlei andou de jangada à vela e diz que se apaixonou pela embarcação. Voltou para casa com o sonho reaceso. Fez um curso na área e, então, passou a investir em um barco. Procurou embarcações usadas, mas não encontrou do seu gosto, então pensou em construir a própria e foi pesquisar projetos de construção amadora. Chegou, assim, ao projeto de uma embarcação de 36 pés, em alumínio, de construção mais fácil, com pouco calado, podendo navegar com 80 cm de água. “Vendi os brinquedinhos que tinha, jet ski, moto e fui trabalhar em cima de construir o barco. Trabalhei por quatro anos e oito meses e o investimento eu parei de calcular. Meu projeto eram cinco anos de construção e aos 55 anos queria estar com o barco pronto para fazer este sonho, que é morar no barco e viajar pelo mundo”, conta.
Os 55 anos foram completados em janeiro de 2021, e, em, a embarcação foi colocada na água, em Rio Pardo. “Eu disse que quando terminasse o barco, o primeiro lugar que eu iria seria Taquari porque a minha família toda é daqui e eu aprendi a nadar no rio, me criei aqui.” No modelo que está o barco é uma traineira, porque não tem mastro, mas será um veleiro.

Os perrengues

Lançar-se ao mar não é tarefa fácil, pois é preciso ter muitas habilidades e saber lidar com muitos desafios. Vanderlei conta que obteve uma experiência, há três anos, quando comprou um barco em Salvador, Bahia, de 36 pés, que estava sem manutenção, mas tinha muitos equipamentos bons, que foram aproveitados na sua embarcação. “Vim navegando de Salvador a Porto Alegre, foi uma experiência porque o que era para ser uma viagem de 15 dias levou 40 dias. O barco veio estragando, fiquei à deriva no mar e digo que aprendi o que não se faz no mar. Agora tenho que aprender o que se faz. Quebrou o motor e não tinha vento, ficamos das 10 horas da noite até às 6 horas à deriva, sem comando no barco, até começar um vento, um terra-mar, como se chama, e chegar em Vitória para fazer o conserto”, lembra.
Outro momento semelhante foi na costa do Rio Grande do Sul, quando teve problemas e ficou horas até conseguir fazer o motor voltar a funcionar de novo. Nesse dia, foi necessário filtrar óleo de motor em pano de prato, conta. “Sou muito tranquilo, mas toda vez que a gente vai sair, dá uma … (ele não concluiu o pensamento), mas se tem um perrengue, a gente supera”, afirma.
A esposa, Ieda, diz que gosta muito de viajar, que já fez algumas aventuras e que no barco é possível estar com a casa junto. “A minha primeira ideia de viajar, depois de aposentada, era a de ter um Motor Home. Aí ele se apaixonou pela ideia do veleiro, então vamos experimentar o veleiro. A minha experiência de alto mar foi em uma regata que participei com ele, de Recife a Fernando de Noronha, foi interessante, 44 horas em mar aberto. Tive uma ideia de como é. Eu tenho um pouco de medo, mas não penso muito nisso.”

A construção

A construção do barco durou menos tempo do que Valderlei projetava. Com a pandemia, ele conseguiu concluir a embarcação em menos tempo. “Todas as minhas horas de folga, nos últimos 5 anos, eu coloquei aqui. Construí isso aqui sozinho, ninguém pôs a mão em nada.” Apenas as almofadas dos assentos não foram feitas por Vanderlei, que tem um canal no youtube, Veleiro Lelei, onde conta o processo de construção da embarcação e a colocação na água.

Além disso, verifique

Inaugurada sede própria para a Brigada Militar

A Brigada Militar inaugurou seu novo quartel no fim da tarde da última quarta-feira, 10 ...

seers cmp badge

xu hướng thời trangPhunuso.vnshop giày nữgiày lười nữgiày thể thao nữthời trang f5Responsive WordPress Themenha cap 4 nong thongiay cao gotgiay nu 2015mau biet thu deptoc dephouse beautifulgiay the thao nugiay luoi nutạp chí phụ nữhardware resourcesshop giày lườithời trang nam hàn quốcgiày hàn quốcgiày nam 2015shop giày onlineáo sơ mi hàn quốcshop thời trang nam nữdiễn đàn người tiêu dùngdiễn đàn thời tranggiày thể thao nữ hcmphụ kiện thời trang giá rẻ