O leilão para concessão da RSC-287 foi concluído na sexta-feira, 18 de dezembro. O grupo espanhol, consórcio Via Central, venceu a disputa entre quatro propostas concorrentes, com a menor tarifa apresentada, de R$ 3,36 em ambos os sentidos. Serão cinco praças de pedágio nos 204,5 quilômetros entre os municípios de Tabaí e Santa Maria. Uma delas ficará no quilômetro 47, situado na localidade de Amoras, em Taquari.
A concessão é de 30 anos e empresa deve investir R$ 2,7 bilhões em obras, entre elas, a duplicação de toda a rodovia. “Nos dá a segurança de que teremos um investimento robusto, que vai trazer melhorias que o Estado não tem capacidade de fazer, além de ajudar muito economicamente o RS”, avaliou o governador, Eduardo Leite.
Até o dia 5 de janeiro, o governo analisará os documentos de habilitação apresentados pela vencedora da proposta. Entre os dias 6 e 13 de janeiro, haverá prazo para recursos e a homologação do certame está prevista para 11 de fevereiro. Após os trâmites burocráticos, deve ser assinado contrato entre governo e empresa, que passará a administrar as duas praças já existentes, nos municípios de Venâncio Aires (km 86) e Candelária (km 131). Em Taquari (km 47), Paraíso do Sul (km 168) e Santa Maria (214), a cobrança deve ocorrer a partir do primeiro mês do segundo ano de concessão, o que deve ocorrer em meados de fevereiro de 2022.
A primeira obra a ser feita pela concessionária é um trabalho de recuperação de estrada, a iniciar no segundo trimestre 2021.
Cronograma das obras
A duplicação começará pelos trechos considerados urbanos, os que representam acesso aos municípios. No terceiro ano de administração da rodovia, a duplicação deve estar concluída em Tabaí (km 28,54 ao km 30) e Santa Cruz (km 102 ao km 104,65). No quarto ano, será a vez de Candelária e Novo Cabrais (km 137,58 ao km 141,49), Paraíso do Sul (km 156,46 ao km 157,48) e Santa Maria (km 231 ao km 232,54).
No sexto ano de concessão, a duplicação deverá ocorrer entre Tabaí e Santa Cruz do Sul. No oitavo ano, entre Santa Cruz e Candelária, e, no nono ano, entre Candelária e Novo Cabrais. O último trecho, entre Novo Cabrais e Santa Maria, segundo informou o Governo do Estado, terá a duplicação obrigatória quando o tráfego da rodovia atingir o volume médio diário equivalente a 18 mil eixos nas duas praças de pedágio ou, no máximo, entre o 19º e 21º ano de contrato, caso o fluxo não se concretize.
Entre Novo Cabrais e Santa Maria, também terá a implantação de terceiras faixas de tráfego em oito pontos de zonas rurais, com média de 800 metros de extensão.