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O presidente do diretório local do partido Republicanos, antigo PRB, Paulo Délcio de Souza, utilizou o espaço da tribuna livre, na sessão do Legislativo da segunda-feira, 30 de novembro.
Eleito no domingo, 15 de novembro, Délcio deverá assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores, no dia 1º de janeiro, e usou o espaço para agradecer os votos recebidos e propor consenso entre os futuros colegas. “Que a gente faça uma mesa (diretora) de consenso, uma câmara unida para os próximos quatro anos, que a cada momento político é um momento a ser repensado, um momento que a gente procura ver o que o eleitor trouxe de mensagem na urna. O Republicanos está à disposição e vem lutar muito por essa questão da inclusão e de consenso”, disse.
O vereador Leo Mota (PDT), em seu pronunciamento na tribuna, mencionou a questão. “Quem está chegando, vereadores que se elegeram agora, não têm noção do que é a câmara de vereadores e nem sempre aqui é paz e amor, todo mundo vai ter a sua defesa, as suas cobranças e é normal. Quem é de fora é muito fácil achar que aqui é paz e amor e vai entender que, se fosse para todo mundo concordar, não precisava ter câmara de vereadores. Aqui não é ringue para briga, mas é um local de discutir os projetos e ter suas cobranças. Quem votou em mim sabe o meu estilo de trabalho e ninguém vai mudar o meu jeito de trabalhar dentro da Câmara de Vereadores, tanto na tribuna como na Casa. Vou continuar o mesmo Leo Mota.”
João Fernandes (PP) completou que o posicionamento de Délcio não ocorreu no sentido de não haver divergências. “São nove vereadores, cada um representando um segmento, uma atividade. Sempre vai ter divergência aqui dentro, mas tem que ter a divergência em bom nível.”
O presidente Álvaro Brandão (PDT) disse que os vereadores podem trabalhar unidos. “Depois das eleições, temos que ser para todos os vilanovenses, não podemos pensar só em quem votou. Podemos trabalhar unidos, cada um fiscaliza o seu lado, mas não impedindo que o município cresça. Tudo o que é bom para o município, eu vou estar sempre a favor. Às vezes, falar demais aqui na tribuna não adianta de nada, brigas, gritaria não adiantam. O importante é a assinatura do projeto e fazer com que a coisa aconteça e a assinatura de todos são todas iguais.”
A eleição para definição da nova presidência da Casa ocorrerá em janeiro, após a posse dos eleitos em 15 de novembro.
Educação sobre a importância do voto consciente
O vereador de situação, João Fernandes (PP), aproveitando que o tema da educação foi abordado nos discursos, sugeriu que seja instituído o ensino sobre o valor do voto para as crianças nas escolas, a partir do ano que vem. “Para começarem, desde pequenos, a saber o que é o voto, o que faz um vereador, o prefeito, pra na hora da campanha política não nos depararmos com tantas situações como nos deparamos, em que a pessoa não tem ideia do valor do voto que está na mão dela; do que ela tem que votar; por que são nove vereadores. Deixar bem claro, desde cedo, para que elas possam ter um voto bem mais consciente. O Brasil já avançou bastante mas ainda tem muito para avançar.”
Leo Mota lembrou que já apresentou proposta semelhante e ressaltou a importância. “Vimos, neste ano, aqui na Vilanova, pessoas votando pela primeira vez, não sabendo a importância do seu voto, pedindo R$ 400, R$ 500 pelo voto, crianças de 16 e 17 anos, já vendendo. E todo mundo sabe, aqui não adianta ninguém querer dar uma de que não aconteceu no nosso município, que é pequeno, porque acontece. E se não for feito um trabalho em sala de aula, educando os jovens, mostrando que a política não é dinheiro, mostrando que política é desenvolvimento do município, é o andamento da sua cidade, porque eles acham que R$ 400 ou R$ 500 resolve os problemas os quatro anos.”
Vereador pede atenção às escolas
O vereador Leo Mota (PDT) disse que está preocupado com a educação e sugeriu uma parceria com as escolas para resolver problemas com alunos. Ele disse que é necessário aproximar a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Ministério Público para ter acompanhamento junto às escolas e respaldar os professores. “Muitas vezes, os pais não sabem o que acontece com o filho, não têm o acompanhamento, mas existem algumas coisas que precisam ser mudadas. Fui procurado por alguns pais que se preocupam porque, hoje, a nossa questão não é só de Fazenda Vilanova, mas de todos os municípios, o problema das drogas. Ali no colégio tem que ter uma segurança melhor, alguém que acompanhe a chegada e a saída dos alunos, que possa estar inibindo algum aluno da parte da manhã, vai à tarde, tenta invadir o colégio, na parte da noite também. Todos os que têm filhos querem a segurança do filho que vai na escola e não ter a preocupação. Os professores não são milagrosos, não têm como cuidar de tudo e de todos. O colégio precisa ser cercado, todos devem entrar no ônibus e o aluno que não estiver estudando não pode ficar lá dentro (…) Isso é, todos (vereadores) estarem debatendo, não tem situação nem oposição, todos juntos, estudando um jeito para conseguir melhorar essa situação e melhorar o desenvolvimento dos alunos, porque têm pais que levam e buscam os filhos com medo de que aconteça alguma coisa com eles.”
Apenas um projeto votado
Os vereadores aprovaram, sem debates nem emendas, o projeto de lei que dispõe sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2021. Essa foi a única matéria apreciada na sessão.
