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A difícil preparação para o ingresso no ensino superior

Alunos do terceiro ano do ensino médio têm enfrentado muitos desafios neste momento de pandemia. Além da expectativa em relação ao vestibular, que requer uma rotina especial de estudos, a suspensão das atividades escolares exigiu adaptação às aulas on-line.
As aulas presenciais estão suspensas desde 18 de março em todo o estado. Em Taquari, há cerca de 300 alunos cursando o último ano do ensino médio (incluindo Educação de Jovens e Adultos -EJA, e cursos técnicos) e uma parte dos estudantes está visando ao ensino superior para o próximo ano, seja com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou o vestibular.
Além da preocupação com os próximos passos da vida acadêmica, há a frustração pela perda do convívio com os colegas no último ano da educação básica. A conclusão do ensino médio encerra um ciclo de, pelo menos, 12 anos de convívio escolar e é visto por muitos estudantes como um importante marco na trajetória estudantil.

Rotina adaptada para a preparação

GERAL - Alunos Ensino Médio Rogerinho 01O estudante do Centro de Ensino Médio Pastor Dohms, Rogério Ribeiro dos Santos, 18 anos, lembra que este tem sido um momento para valorizar a  escola.”É um período que sentimos muita falta da escola, do convívio diário, um período para valorizar o que tínhamos antes e não dávamos tanta importância”.
A rotina do estudante tem sido praticamente para se preparar para o vestibular. “No início da pandemia foi muito difícil se adaptar às aulas online. Nossa escola também teve de se adaptar bastante. O que ficou evidente é que este período necessita de muita união, seja dos estudantes, seja da sociedade. Minha rotina, hoje, é estudar de manhã, ministradas pela escola, cursinho online de tarde e ler os livros obrigatórios, à noite. É um período de grande apreensão, pois não sabemos quando vão ser os vestibulares, como vão ser…”, aponta.

As emoções provenientes  do vestibular e da pandemia

GERAL - Alunos Ensino Médio Menina 01Para a estudante do Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja, Clara Beatriz Prestes da Rosa, 18 anos, o processo está difícil mas tem recebido auxílio dos professores. “Eles sempre mandam muitos trabalhos e alguns já começaram a dar aulas virtuais, o que ajuda principalmente para tirar dúvidas, porque é quase  presencial. Não tem o tempo de espera, porque, querendo ou não, a pandemia exigiu isso da gente, paciência”.
O estudo em casa demanda mais dos alunos porque precisam lidar com os fatores surpresa. “Em casa a gente tem a família, o cachorro, o gato ou o vizinho que faz barulho e, principalmente, o celular, que tira muito a atenção e isto dificulta bastante. Na escola ou no cursinho, que são presenciais, não temos muitas distrações, estamos indo lá para estudar.”
As incertezas também geram preocupação. “A gente não sabe o que vai acontecer, quanto tempo a quarentena vai durar. Têm os números que vemos nas notícias. Quanto mais a gente assiste, mais nervosos ficamos. Precisamos regular o tempo dedicado às notícias. A questão emocional está numa balança que pende o tempo todo e nunca está estável. Não sabemos como vão funcionar alguns vestibulares. O Enem já tem algumas medidas, mas outros ainda não se pronunciaram. Acredito que todo mundo esteja um pouco nervoso por causa disto. Quanto mais o tempo passa, mais ficamos com uma pressão normal do vestibulando, chegando perto da data da prova, ficando mais nervoso e mais tenso. Essa  pandemia eleva mais os níveis de ansiedade e de nervosismo”.
A estudante destaca o trabalho da professora de português que está, desde o ano passado, pedindo para os alunos produziram redações para uma preparação maior. “Muitas escolas não têm essa preparação. A redação do  Enem é o que vai elevar a nota e é muito importante termos essa noção de redação”, ressalta.

A falta de convívio com os colegas no último ano

GERAL - Alunos Ensino Médio Filha Jadir 01A estudante do terceiro ano do ensino médio do instituto Estadual de Educação Pereira Coruja, Nathália de Almeida Rodrigues, 17 anos, conta que já se cobrou muito na rotina de estudante, mas não conseguiu evitar o cansaço mental. “Acredito que minha situação não esteja diferente da de muitos colegas. Além de ter que realizar os trabalhos enviados online, ajudo meu irmão, de 10 anos. Separo os horários e, como posso, vou levando os afazeres. No começo, eu tinha um comportamento frenético, sem pausas onde poderia descansar. Considerava perda de tempo, achava que iria me atrasar. O cansaço mental chegou e, com ele, a consciência de que a construção de intervalos deveria acontecer”, conta. Além dos estudos, ela se dedica à  produção de quadros feitos em chapas MDF e ao design gráfico (marca nomeada INGENIUM – @ingeniumdesigner) para ter uma renda própria.
Ela diz que a falta das aulas presenciais compromete a motivação. “A adaptação dos estudos tem sido um pouco confusa. Sempre tive um grande gosto por adquirir conhecimentos diversos, mas antes havia um estímulo. O âmbito escolar instiga o aprendizado. Agora, todos  estamos cercados de incertezas, buscando alguma resposta ou previsão para quando essa desordem terá fim”, ressalta.
Nathália  ainda não decidiu se ingressará na universidade já no próximo ano e salienta a tristeza pela falta do convívio com os colegas, os mesmos desde o início do ensino médio, quando trocou de escola. “Não posso deixar de comentar sobre a frustração que foi chegar no último ano escolar, momento de encerramento de um grande ciclo, e ter que lidar com a quebra dessa experiência. Além dos estudos preparatórios para vestibulares e provas, haveria atividades recreativas que fariam parte do processo de despedida dessa trajetória. A escola criou memórias, fortaleceu amizades e desenvolveu ideias. É desanimador pensar que perdemos parte dessa vivência de conclusão”, diz.
O trabalho dos professores tem sido importante neste momento. “Nos  deixam mais confortáveis e entendem quando temos alguma dificuldade. Não se compara ao alcance que se tem nas aulas presenciais, mas na medida do possível está sendo muito satisfatório. Utilizamos como plataforma principal o Google Classroom, que disponibiliza o material de maneira acessível e de fácil manipulação. Também realizamos aulas por vídeo-chamada, que dá um gosto mínimo da lembrança da presença na escola”.

Ações complementares

O governo do estado está realizando, desde 18 de maio, o projeto Pré-Enem Seduc RS, que apresenta, na TVE-RS, aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São veiculados programas, de segunda a sexta-feira, das 19h às 23h, sendo cerca de 20 horas/aula semanais, totalizando 464 horas de preparação para todos os componentes curriculares. Os alunos ainda têm acesso às aulas pelo YouTube, por meio do canal TV Seduc RS, e com os links que ficam disponíveis no Portal da Educação e no site da Seduc.
O Centro de Ensino Médio Pastor Dohms realizará, em janeiro, duas semanas de aulas para repassar os conteúdos aos alunos do ensino médio. Os alunos do educandário tiveram aulas on-line durante todo o tempo da pandemia, conforme diz o diretor Irineu Barcelos.

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