O Fato Taquari Jornal On-Line
O secretário da Sáude João Fernandes esteve na sessão da Câmara de Vereadores, na segunda-feira, 19, e utilizou o espaço da tribuna livre para rebater dois casos que geraram críticas.
Uma delas foi o relato em uma rede social quanto ao possível descaso da secretaria com um morador de Fazenda Vilanova, que está em tratamento de câncer de pele. O paciente teria sido encontrado em Estrela por uma moradora de Fazenda Vilanova, que questionou, na rede social. O paciente estava na plateia acompanhando a sessão a convite de Fernandes.
“Fiz questão de ter ele aqui hoje para que, se eu estiver mentindo em alguma coisa, ele poderá dizer que não estou falando a verdade”, afirmou o secretário. “Naquele dia ele foi resolver um problema pessoal junto ao INSS e ao banco. Nos ligou, mas naquele dia que ele queria nós tínhamos o carro lotado”, disse. Fernandes contou que ele foi questionado se poderia ser no dia seguinte, mas ele teria dito que não se importava em ir por conta própria. Em Estrela, ele encontrou uma pessoa de Fazenda Vilanova que ofereceu uma carona e fez a publicação. “É uma pena que as pessoas postam e a gente fica exposto a isto, infelizmente. Hoje estou falando para 15 pessoas aqui … o estrago que isto faz no trabalho que a gente vem fazendo com tanto carinho, tanto zelo, a pedido do prefeito Cenci, para priorizar as pessoas que tanto precisam”, relatou o secretário.
O outro caso foi sobre a crítica feita pelo vereador Leo Mota (PSD), na sessão da segunda-feira, 5 de agosto, e noticiado pelo jornal O Fato. Naquela ocasião, Mota falou na frota da prefeitura, citando que uma kombi “não tinha condições de andar na estrada” e uma van estava “sem freio, sem embreagem, sem desembaçador”. Na sessão desta semana, o secretário manifestou o repúdio ao jornal. “Fiquei muito chateado com o jornal O Fato (…) Nós temos uma caminhonete que está feia a pintura. Ela esteve cedida para a Educação e não fizemos ainda porque temos a intenção de trocar”. Ele relatou que o veículo teve um problema no retorno de Lajeado, o que poderia ter originado “toda esta conversa”. Fernandes contou que na volta para o Município o motorista me ligou que teve um problema na embreagem, mas que conseguiria andar devagarinho. “Aí colocaram que não tem freio, sempre teve freio. (…), não estava sem desembaçador, nunca teve. Ela estava sem ar-condicionado porque custa R$ 4,1 mil para consertar. (…) Com o problema da embreagem mais a lata, vai dar em torno de até 15 mil”. O secretário disse ainda que o veículo não será mais arrumado e que estão articulando de outra forma para comprar outra caminhonete para fazer o transporte. “Mas em momento nenhum se colocou em risco. Faço aqui o meu repúdio ao jornal que não procurou o secretário”.
O assunto repercutiu também entre os vereadores. Sérgio Cenci Sobrinho (PP), da situação, destacou a necessidade de cuidar o que é postado na rede social. “Temos que ter mais responsabilidade no momento de usar essa rede social porque estamos colocando em jogo, muitas vezes, um trabalho”. Ele disse ainda da van da Secretaria da Saúde: “tenho certeza que jamais seria deixado sair uma van ou qualquer outro veículo se tivesse risco para a vida das pessoas”.
Leo Mota (PSD) lembrou que o assunto dos veículos foi abordado por ele.
Outros assuntos abordados pelo secretário
Obra – Fernandes anunciou que a reforma do posto de saúde está quase pronta e que a previsão é abrir até setembro, com as salas equipadas. Alguns itens serão comprados com recursos de emenda parlamentar.
Mutirão – Na semana passada foi iniciado um novo mutirão de confecção de próteses dentárias. Segundo O secretário, 60 pessoas foram chamadas. “Limpamos a lista. Foi um sufoco. Pegamos, em 2017, uma lista enorme e estamos conseguindo colocar em dia.”
Faltas – Em 2018, conforme dados do secretário, houve 749 faltas a consultas com dentista. Com isto, o prazo para agendamento de consultas passou do dia 20 até o final no mês. “Para ver se as pessoas não esquecem. Diminuiu um pouco, mas ainda está longe. Isso acontece também no ginecologista. Pagamos o profissional que é caro, parado porque a pessoa não apareceu”, salientou.
