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Casa das Chaves completa 50 anos em 2019

Em 1969, o morador do bairro Colônia Vinte, Adelmo Ferreira Ramos (in memoriam), aprendeu sozinho um ofício que se estende por duas gerações. Muito cuiroso, o homem passava boa parte do seu tempo vago montando e desmontando fechaduras. Foi assim que aprendeu a profissão de chaveiro, sendo o primeiro a desenvolver o ofício em Taquari. A profissão passou de pai para filho e netos e está na família há cinco décadas.

A Casa das Chaves, situada na rua Campo Romero, número 204, hoje sob comando do filho Matheus Medeiros Ramos, 37 anos, completa 50 anos no mês de março. A esposa de Adelmo, Cleci Medeiros, 69 anos, conta como tudo começou. “O Adelmo trabalhava na Estação Experimental e o salário era pouco, a gente queria melhorar, fazer alguma coisa extra. Ele aprendeu tudo sozinho, desmontando as fechaduras, depois montando de volta. Ele ficou realizado quando começou a fazer, tomou gosto mesmo e foi se aperfeiçoando. Era tudo sem máquina, manual, ele usava lima, era bem precário mesmo”, lembra. A loja começou em uma garagem da residência do casal, na época na rua Pedro Damião Ramos, no bairro Colônia Vinte. O trabalho era desenvolvido após o expediente na Estação Experimental. “Era bastante procurado, sempre tinha alguém atrás dele porque não existia outro chaveiro em Taquari”, conta Cleci.
Em 1989, a família mudou-se para a rua Campo Romero, próximo ao Clube União, onde mantém o negócio até hoje. Alí, a Casa das Chaves começou a melhorar sua estrutura, quando foi adquirida a primeira máquina para fazer chaves, que está no balcão da loja até os dias atuais e continua funcionando. Na época, também começou a surgir o interesse dos filhos pela profissão.
Sempre prezando pela honestidade e responsabilidade, Adelmo relutava em passar o ofício aos jovens. Matheus, que atualmente coordena a loja em Taquari, recorda que aos 15 anos já tinha interesse em aprender a profissão, mas levou tempo até ele e os irmãos conquistarem a confiança do pai. “Ele não deixava eu chegar muito perto das ferramentas, porque era um negócio que lidava com chave de casa, com abrir carro, mas quando ele viu, a gente já estava fazendo. Depois, em 1998, começaram a surgir esses carros mais novos e a gente comprou a primeira máquina de codificação de chave. Como era uma coisa mais eletrônica, eu entrei para começar a cuidar dessa parte”, relata o filho.
Há 10 anos, problemas de saúde começaram a afastar Adelmo do ofício. A esposa lembra que em alguns momentos pensava em fechar o negócio para terem mais tranquilidade, mas isto nunca passou pela cabeça do marido. “Mesmo doente, ele fazia os serviços. Dizia para eu não fechar a loja, que era para aprender e continuar. Eu convidava para tirar umas férias, mas ele não queria. Dizia: como vou fechar e deixar os clientes? Aí, quando a gente se viu dentro do hospital por três meses sem vir em casa, ele me disse: nós estamos de férias aqui hoje. Mas foram umas férias obrigadas, tristes. Sinto muito falta dele, foi uma pessoa muito boa, dedicada, honesta”, lembra a esposa.
Em 2009, Adelmo veio a falecer. A família continuou o seu sonho. Matheus coordena a loja em Taquari com o auxílio de um filho e mais dois funcionários. Outros familiares também desenvolvem o ofício em outros municípios. O filho Israel é chaveiro em Capão Novo, no litoral norte gaúcho, e a neta Diulha também trabalha com chaves junto a sua loja de celulares em Bom Retiro do Sul.
Matheus conta que o trabalho mudou bastante de lá para cá, pois exige muita atualização. Atualmente, o estabelecimento trabalha com chaves codificadas, controles eletrônicos de portão e alarmes de carro, módulos de injeção eletrônica, além de atender a seguradoras residenciais e de automóveis. “Se a gente ficasse só com as cópias de chave, que era o começo de tudo, hoje a gente não estaria aberto. Isso não tem dúvida”, considera. Na parte das seguradoras, a Casa das Chaves atende diversos municípios gaúchos, muitos longe de Taquari, como Rio Grande, Pelotas, Bento Golçalves e cidades do litoral. Matheus conta que vive experiências diversas com o serviço. “Já aconteceu de eu ir atender um cliente no Posto Rosinha, que tinha uma criança trancada dentro do carro. Na hora eu até fiquei meio nervoso, mas deu tudo certo, em dois minutos conseguimos abrir. Já aconteceu de cachorro trancado, gato trancado, de abrir a casa e a pessoa estar morta, de acompanhar a polícia para abrir uma residência com ordem judicial”, lembra.
Sobre os planos para o futuro, a família pretende se manter atualizada no ramo, oferecendo um atendimento de qualidade aos clientes e seguindo o legado de seu fundador: honestidade em primeiro lugar.

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