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Dar andamento no projeto de construção de casas populares é um dos desafios do prefeito Pedro Antônio Dornelles, neste ano, o último de seu mandato.
Em entrevista a O Fato Novo, concedida na semana passada, antes de sair de férias, ele avaliou o ano de 2015, falou sobre os planos para 2016 e afirmou que não pretende concorrer a reeleição.
Como foi o ano de 2015?
Apesar da crise, graças a Deus conseguimos fechar as contas quase tranquilo, quase no zero a zero, mas conseguimos pagar todo mundo, os fornecedores estão todos em dia e o 13º dos funcionários. Foi bastante suado.
As contas ficaram equilibradas, e os investimentos foram realizados como se planejou?
O que tínhamos programado foi feito com recursos do governo Federal, a maioria foi paga, outros ainda estão vindo. As quatro ruas, que era uma polêmica que não tinha mais fim, foram todas liberadas, primeiro foram duas e agora mais duas (ruas Santa Maria, Canasvieiras, Bom Retiro e Santa Clara). Depois dos feriados, eles vão vir com o maquinário todo pra fazer as quatro. Acredito que até 90 dias vai estar tudo pronto.
O interessante é que venha o recurso e, graças a Deus, estão confirmados, 50% está na conta.
Qual foi a ação marcante do Executivo em 2015?
Tem várias, como o recadastramento imobiliário e a regularização fundiária, que andou bem. A gente sofria muito com isto, eu inclusive, com a falta da escritura na mão para poder financiar e todos tinham este problema. São 80% que vamos deixar resolvido no meu governo, vai ficar muito pouca coisa, como de áreas que têm complicações de herdeiros que já morreram. Os 80% que prometemos vamos cumprir e isto já gratifica bastante a gente. Neste ano, foram em torno de 400 lotes.
Teve ainda a escola da Santana, que vai ser inaugurada em fevereiro, e o campo de futebol, que tá praticamente pronto. A grama teve um problema porque a terra que ficou era muito pobre, plantaram a grama e ela não veio. Agora, depois de colocado esterco e adubo, tá quase fechando.
Para 2016, quais são os planos?
Quero ver se deslancha este projeto de casas populares que é também um anseio nosso e da comunidade. Já compramos a área, falta pagar só uma prestação que vence em janeiro. Também é um projeto bastante burocrático, mas quero tocar e deixar bem adiantado neste ano. Queremos comprar uma máquina niveladora e o primeiro serviço que ela vai fazer é de destocamento da área, que fica no final da Rua São Paulo. Serão 70 casas e as famílias estão sendo cadastradas pelo CRAS, com os critérios da Caixa.
Também encaminhamos um financiamento pelo Badesul, acho que sai no início do ano, para remodelar a praça e construir uma concha acústica, dois quiosques com churrasqueira, no pátio, no valor de R$ 400 mil. Também vamos terminar o campo do Águia Azul, que está sendo feito com recursos próprios.
Economicamente, qual é a expectativa para 2016?
Dizem que vai ser pior. Nós dependemos muito do FPM, que são os recursos repassados pelo governo Federal. Se esse valor vier decrescendo como aconteceu neste ano, vai ser pior. Mas daqui a pouco o Brasil retoma o crescimento e termina a recessão.
O Município tem um plano de emergência de contenção de despesas?
Já vem apertado, daí tem que parar algum programa. São cinco médicos, vamos deixar só três, o que vamos fazer, o governo do Estado não corta? Temos vários auxílios a agricultura, que é o que nos mantém, mas se não dá tem que cortar. A ideia é não cortar nenhum.
O senhor é pré-candidato a prefeito?
Por enquanto não. No partido tem vários nomes. Tem o meu vice (Paulo Renato Wermann), que tem vontade de ir, mas tá meio assim, tem o Amarildo, a Neusa, tem vários que tem condições; tem a Cleiva Bender, mas não tem nada definido. Em janeiro e fevereiro vamos começar a definir isto.
Por que o senhor não é pré-candidato a prefeito?
Sempre disse que queria quatro anos, nunca gostei de reeleição, acho que tem que renovar. mas se caso não tenha alguém que queira e decidirem pelo meu nome, vou concorrer,não vou fugir da briga. A minha intenção é eleger um sucessor e eu ficar de fora, já fiz os meus quatro anos, fiz o que eu podia, peguei uma época bastante difícil mas não estou arrependido, tô satisfeito, porque acho que fizemos muitas coisas com pouco dinheiro. Temos muitas coisas que vão aparecer daqui a 5, 10 anos, como a organização da cidade, o plano diretor, que não tinha, são coisas que não aparecem agora.
