O Fato Taquari Jornal On-Line
Uma confusão após o encerramento da sessão do Legislativo, na noite da quinta-feira, 16, envolveu o vereador Leo Mota (PDT) e familiares da adversária política, Ângela Bilhar (Progressista).
O fato teria iniciado quando Mota se dirigia até seu veículo e teria sido cercado pela filha da vereadora que, segundo ele, o chamava de “vagabundo” e “corno”. Conforme o registro feito por Mota, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Lajeado, na manhã da sexta-feira, 16 de dezembro, ao chegar no veículo, os familiares teriam começado a chutar e dar socos no automóvel e que um dos envolvidos teria tentado tirá-lo para fora do veículo para agredi-lo, mas não teria conseguido. Então, Mota, conforme o registro, saiu munido de um pequeno facão, para sua defesa, mas não agrediu ninguém. No registro da DP, Mota relata ainda que, desde o dia 4 de dezembro, tem ouvido comentários de pessoas da cidade que familiares da vereadora Ângela Bilhar querem “lhe pegar, arrebentar a cara e quebrar no meio.”
Conforme imagens captadas pelas câmeras de segurança da Câmara de Vereadores e divulgadas nas redes sociais, no momento em que Mota deixa a sede da Câmara e se dirige ao seu veículo, é cercado por algumas pessoas.
A vereadora Ângela também registrou ocorrência na polícia. O jornal solicitou a cópia, mas não foi disponibilizada, segundo a DP, por solicitação de quem fez o registro. A vereadora enviou ao jornal O Fato uma nota com seu relato sobre o ocorrido.
“Desde o início do ano venho sofrendo ataques do vereador. Quando entrei na Câmara pela primeira vez como colega, ele tentou nos intimidar dizendo que lá quem mandava era ele.Fiquei um tempo afastada por motivos de saúde e, desde o meu retorno, venho sofrendo ataques por parte dele, pois ele gostaria que em meu lugar estivesse outra pessoa.Quinta passada tivemos a última sessão do ano e eleição da nova mesa-diretora. Ganhamos novamente, fiquei de vice-presidente, mais uma vez fui atacada verbalmente pelo colega da oposição. O de sempre. Minha família foi assistir à sessão, pois, eu concorrer como vice-presidente é motivo de orgulho para eles. A minha filha, já cansada de ouvir ele me ofender, ao fim da sessão pediu para falar com ele, pois em outras ocasiões já discutiram por mensagem. Ele não aceitou e começou a xingá-la, dizendo que não queria falar. Foi em direção ao carro e puxou um facão para minha família. Por pouco poderia ter dado coisa muito pior. Eu não vi nada, estava dentro da Câmara tirando fotos com os colegas da nova mesa-diretora. Eu me questiono o que leva uma pessoa a ir para uma sessão legislativa com uma arma dentro do carro. Todo mundo acha normal mulher ser xingada e desmerecida, tem gente achando bonito, mas vamos lutar por justiça, não só por mim, minha filha, minha neta e minha irmã, mas por todas as mulheres que são coagidas e intimidadas. Não vamos nos calar.”
