MISTURA FINA: Hospital já recebeu R$ 2,8 milhões para custeio durante a pandemia

Desde o começo da pandemia do novo coronavírus, entre o final de março e início de abril, quase todas as edições de O Fato trouxeram notícias sobre destinação de verbas para o Hospital São José. Além dos recursos municipais, do Judiciário e de empresas locais, que proporcionaram reformas nos leitos e construção da ala e agora UTI Covid-19, a instituição recebeu verbas para custeio.
Nesta semana, o Mistura Fina questionou a Prefeitura, proprietária da casa de saúde, sobre quais verbas já chegaram à instituição. Segundo a administração municipal, do Governo Federal, foram destinados R$ 2,6 milhões, sendo R$ 80 mil  do teto Média e Alta Complexidade, onde todos os municípios do país com tal programa receberam recursos. “Esse valor de custeio veio para execução e estruturação de serviços do hospital para o Covid”, explicou a administração da casa de saúde.  Outros R$ 1.087.299,42 foram destinados para custeio do Hospital São José. As verbas foram recebidas por todos os hospitais filantrópicos ou sem fins lucrativos do Brasil, através de distribuição técnica e critérios objetivos.
O restante do valor, R$ 1.440.000,00 foram repassados após a contratação, por três meses, dos dez leitos da UTI Covid-19 do Hospital São José. “Essa habilitação se deu apenas e unicamente por capacitação técnica e operacional do nosso hospital. A instituição teve que montar uma estrutura com médico plantonista 24h, médico rotineiro 4h diárias, médico responsável técnico, 20 técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e serviços de fisioterapia, nefrologia e neurologia, mais a ampliação do serviço de farmácia, de limpeza e de nutrição. Paralelo a isso, tem a estrutura de médico internista, enfermeiro e técnico de enfermagem para dar suporte aos leitos de isolamento clínico para o Covid-19. Ou seja, a totalidade do recurso é insuficiente para o custo da UTI totalmente ocupada. A diferença, se houver, será custeada pelo município”, relatou a Prefeitura.

Emendas parlamentares que chegaram

Dos recursos anunciados por emendas parlamentares, ou seja, indicados por deputados e senadores, até o momento, foram recebidos R$ 100 mil do senador Luís Carlos Heinze (PP) e R$ 150 mil do deputado federal Afonso Motta (PDT). “Quanto às demais emendas, ainda não entraram  nas contas do município. Mas a demora, na maioria dos casos, é natural, infelizmente”, disse a Prefeitura. Os recursos que ainda não chegaram são R$ 391.434,00 do deputado federal Lucas Redecker (PSDB), R$ 300 mil do deputado federal Pedro Westphalen (PP) e R$ 250 mil do deputado federal Paulo Pimenta (PT).

Prefeitura e Corsan firmam convênio para substituição de canalização

A Prefeitura prevê a pavimentação de diversas ruas e uma das ações que vêm sendo realizadas antes dos calçamentos é a substituição das redes de abastecimento de água e ramais para evitar futuras manutenções. Buscando viabilizar novos investimentos, administração municipal e Corsan assinaram, na última quarta-feira, convênio para troca de canalização em mais 12 vias. A companhia repassará R$ 548 mil à Prefeitura para realização de parte do serviço.
Conforme convênio, cabe à Corsan o fornecimento de material e mão de obra especializada para a substituição da rede de abastecimento. Já o município disponibilizará maquinário, pessoal e material para abertura e fechamento das valas para troca dos canos, bem como a pavimentação das ruas, quando se fizer necessário. A Corsan repassará R$ 548.421,47 ao município pela prestação desses serviços, já que também são de responsabilidade da companhia.
Será realizada a troca da rede de distribuição nas ruas Campo Romero, José Porfírio da Costa, Miguel Tostes, Pedro José Espíndola, Franklin Praia Filho, Riachuelo, Getúlio Vargas, David Canabarro, Marechal Deodoro, Sete de Setembro, acesso à Associação Beneficente  Pella Bethânia e estrada VRS 868. Os trabalhos começam na  rua José Porfírio da Costa.

Pastora Mara diz que falta hidroxicloroquina

Um dos debates da última sessão da Câmara se deu em relação à distribuição de hidroxicloroquina. O medicamento utilizado no tratamento de diversas doenças, como fotossensíveis, artrite reumatóide, lúpus, entre outras, é testado no combate ao novo coronavírus. Segundo a vereadora Pastora Mara (PSDB), o remédio não é mais encontrado em farmácias do município. “Eu faço tratamento com este medicamento há cinco anos. Eu compro e não encontrei em nenhuma farmácia. Segundo os farmacêuticos, ele foi retirado das farmácias e a única forma de se obter será pelo município”, disse. Zé Harry (PDT) relatou que o medicamento não fazia parte da lista de distribuição da farmácia básica e que a situação precisava ser analisada. Leandro Mariante (PT) também considerou necessários dados para esclarecer a situação. Mara apresentou requerimento solicitando uma resposta do Executivo sobre o assunto.

Recolhimento de animais ainda não está sendo feito

Um projeto para viabilizar o recolhimento de cavalos e bovinos soltos em vias públicas foi aprovado na última sessão da Câmara, na terça-feira, 22 de junho. Segundo a Prefeitura, para viabilizar a ação, é preciso fazer o cadastramento de tutores, o que deve iniciar nos próximos dias. Portanto, os animais soltos em via pública ainda não estão sendo recolhidos.

TJ adia abertura do expediente externo do fórum

Na última quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul publicou resolução em que altera o retorno do expediente externo. A medida estava prevista inicialmente para a próxima segunda-feira, 29 de junho, mas  foi adiada, segundo justificativa do TJ, em razão das modificações do Sistema de Distanciamento Controlado, do Governo do Estado, e da elevação para bandeira vermelha em diversas regiões, o que impossibilita o cumprimento do expediente interno e a adaptação às novas normas sanitárias. A nova data para reabertura do expediente externo ficou em 15 de julho.