O Fato Taquari Jornal On-Line
Na manhã da terça-feira, dia 4, o prefeito de Tabaí, Arsênio Cardoso, convocou servidores com cargos em comissão, os secretários municipais e vereadores para uma reunião no prédio do Legislativo.
Durante a reunião, conforme informações do vereador Anderson Vargas (PT), participante da reunião, o prefeito relatou as dificuldades financeiras que o município enfrenta, as medidas que está tomando e sugeriu a diminuição no valor dos CCS, passando os padrões para CC1. Ainda afirmou que este seria um “ajuntório” para equilibrar as finanças e que a iniciativa significaria uma economia de R$ 70 mil até o final do ano. Ainda, segundo o chefe do Executivo, a medida duraria até janeiro ou fevereiro de 2019. Os CCs presentes aceitaram a proposta, e um projeto será elaborado e enviado ao Legislativo.
Críticas a O Fato Novo
Na mesma reunião, o prefeito criticou o jornal, afirmando, em parte da sua fala, que “O Fato Novo tem as opiniões dele, mas se eles fossem tão bons assim, eles seriam prefeito nos municípios onde eles atuam”, disse Cardoso.
Jornal tem alertado para a situação financeira do município
Nas edições de 24 e 31 de agosto, O Fato Novo divulgou informações quanto à situação financeira de Tabaí. No dia 24, uma matéria mostrou que se o município continuasse com o ritmo de empenhos, provavelmente não conseguiria cumprir com todos os compromissos do exercício. Nessa mesma matéria, o prefeito afirmou que um dos maiores problemas que enfrentava era a diminuição, em 2017 e 2018, do repasse do Fundo de Participação dos Municípios em 30%. Ele ainda disse que gostava de dar empregos na prefeitura e não via o comprometimento em 52% da receita com a folha de pagamento como uma preocupação. Na edição de 31 de agosto, O Fato Novo emitiu opinião sobre as declarações do prefeito e, em parte dela, mostrou que a arrecadação do FPM chegou, em 2017, a 96,6% do previsto e que, até julho de 2018, o repasse do FPM foi R$ 301.771,25, superior ao arrecadado no mesmo período de 2017.
Vereador manifesta-se sobre decisão
O vereador Anderson Vargas, nesta semana, afirmou a O Fato Novo que é contra a redução dos salários dos CCs. “Essa redução pode desmotivar os funcionários; por que não diminuir o número de secretários, que hoje são 7? Não podemos repassar a culpa de uma péssima administração aos funcionários e faz um ano que eu estou avisando, na Câmara de Vereadores, em quase todas as sessões. A administração fechou o ano de 2017 no vermelho, usou em torno de R$ 400 mil de 2018 para fechar o caixa de 2017, então como vão pagar financiamentos, um de R$ 750 mil e outro de R$ 5 milhões? E a Câmara aprova tudo isso. Onde foi colocado o dinheiro de mais de R$ 1 milhão, que ficaram da administração passada? Só se tem desculpas até agora, é o FPM que o governo federal que não repassa. Mas, na verdade, os repasses estão vindo, como foi colocado na matéria do jornal da semana passada. Mas é mais fácil colocar a culpa nos outros, há dois anos se remuneravam bem os funcionários, compravam e pagavam caminhão e máquinas, dava para fazer asfalto, ginásio e posto de saúde sem um centavo de financiamento, hoje nem os buracos das estradas estão sendo tapados”, disse o vereador.
