Parece uma atitude sem muitas consequências, mas um grupo de whatsapp com membros de Taquari e cidades vizinhas, que informa locais de blitze, vai ser investigado pela Polícia.
No dia 22 de janeiro, um vigilante, 44 anos, morador do Rincão São José, compareceu na Delegacia de Polícia para denunciar que recebeu mensagens através de um grupo de whatsapp, sobre as blitze realizadas pela Brigada Militar na cidade. Conforme o vigilante, a mensagem continha a seguinte informação: “Estão atacando em frente ao posto Charrua”. O comunicante informou para a polícia o número da moça que teria passado a mensagem e também o nome do administrador do grupo de whats.
Segundo o vigilante, ele não acha correto este tipo de atitude. “As blitze realizadas na cidade são feitas para o benefício de toda a comunidade”, considera. As cópias das mensagens foram anexadas ao Boletim de Ocorrência.
Conforme informações da Polícia Civil, pessoas serão chamadas para depor e prestar esclarecimentos sobre esta espécie de grupo e informação. A delegada, Betina Martins Caumo, diz que informar onde tem blitze vem sendo enquadrado no artigo 265 do Código Penal. De acordo com o artigo, atentar contra a segurança ou serviços de utilidade pública é crime. A pena pode ser reclusão de um a cinco anos e multa.
“Quem cumpre a lei não precisa ter medo”
Para o capitão da Brigada Militar de Taquari, Rogério Armando Bueno Hoffmann Filho, dar este tipo de informação beneficia apenas quem está contra a lei, deixando as pessoas com uma falsa sensação de que se ela sabe onde tem barreiras policiais ela está segura. “Quem cumpre a lei não precisa ter medo, quem está foragido, carro irregular, com os pneus carecas, por exemplo, pode atropelar alguém, prejudicar alguém. As pessoas acham as barreiras ruins, mas são boas. O cidadão está sendo prejudicado”, salienta o capitão.