A Prefeitura de Taquari firmou quatro termos de cooperação para incentivo a empresas em 2021. Dois projetos já estão executados e um está licitado, totalizando R$ 525 mil de investimentos. O outro incentivo ainda não tem valor finalizado, pois estão sendo concluídos os cálculos para realização do contrato.
Os dois projetos executados são para as empresas Sollar Sul, de energia solar, e Indústria CIN (Rodoquímica), de fabricação de produtos químicos, ambas situadas na rodovia Aleixo Rocha da Silva. De acordo com o vice-prefeito e responsável pela secretaria de Indústria e Comércio, Ramon de Jesus, foram R$ 165 mil em aterro para a construção do prédio da Sollar Sul e R$ 16 mil para aterro da nova planta da Rodoquímica. As duas empresas já iniciaram as obras nas novas plantas, com recursos próprios.
Nos últimos dias, foi concluída a licitação para contratação de empresa para realizar a terraplanagem e infraestrutura para um aviário, na localidade de Passo do Santa Cruz, num investimento de R$ 344 mil. Após a conclusão da infraestrutura, serão construídos, pelos produtores, um módulo de aviário para frangos de corte, com quatro pavilhões de 180m² cada.
O quarto incentivo concedido pela secretaria em 2021 será para as empresas Luís Filipe dos Santos Bizarro, do ramo de vidros, situada no bairro Leo Alvim Faller, e Caren Farias do Amaral Manutenção, do bairro Coqueiros, que trabalha na área da metal-mecânica. Os dois empreendimentos adquiriram, de forma conjunta, uma área de terras na rodovia Aleixo Rocha. O setor de Planejamento da Prefeitura está calculando a quantidade necessária de aterro para o local. O projeto aprovado pela Câmara de Vereadores autoriza a realização de até 8 mil m³ de aterro. Assim que for concluída a análise da necessidade, será aberta licitação para contratação de empresa para realizar o serviço.
Segundo Ramon, os projetos vêm ao encontro do planejamento que está sendo feito pela administração municipal quanto ao desenvolvimento da atividade primária no município e ao crescimento empresarial na entrada da cidade. “Essa política de incentivo à indústria primária, com os aviários, iniciou no governo Maneco e estamos dando sequência, porque o retorno fiscal da indústria primaria é grande. Não gera alto volume de empregos diretos, mas representa aumento de receita para o município”, destacou. Sobre os demais incentivos, Ramon salientou que estão sendo concedidos aos empreendedores com recursos para construção imediata dos prédios. “Taquari não tem prédio industrial vago hoje e temos investidores com recursos próprios para construir prédio. Além de a empresa dele estar crescendo, gerando empregos, vamos pensar que, no futuro, algum empreendedor desista do negócio, o prédio vai ficar no município. E queremos desenvolver a Aleixo Rocha, a cidade precisa crescer para fora. Na parte urbana, a via já se tornou uma área comercial e agora precisamos desenvolver a partir da rótula Paul”, considerou.
O vice-prefeito salientou que a secretaria de Indústria e Comércio segue aberta para diálogos com empreendedores. Quem tiver interesse em auxílio deve procurar a pasta, o vice-prefeito ou o prefeito André Brito para apresentar seu projeto. De acordo com Ramon, a administração tem buscado trabalhar com várias linhas de incentivo, tanto de infraestrutura quanto em questões fiscais, com possibilidade, por exemplo, de devolução à empresa de parte do valor agregado em ICMS, conforme prevê legislação municipal. “Dentro do nosso limite financeiro, vamos estar sempre ajudando o empreendedor que quer investir em Taquari”, destacou Ramon.
Condomínio e distrito industriais são novas frentes de auxílio
Além dos incentivos concedidos em 2021, a Prefeitura fará investimentos altos para criação de distrito e condomínio industriais. O distrito teve, neste ano, licença prévia concedida pela Fepam para dar início ao desenvolvimento do projeto. No momento, está sendo tratada a desapropriação da área de terras para o empreendimento, que será entre a RSC-287 e a TQ-150 (Estrada de Aterrados). O distrito visa à instalação de grandes empresas em lotes a serem cedidos pela Prefeitura. Já o condomínio empresarial tem o objetivo de atender a empresas de Taquari que não possuem lotes para construção ou ampliação de empreendimentos. “O foco são pessoas que têm recurso, seja para comprar o terreno ou construir o prédio. Dificilmente se encontra o empreendedor com o recurso na totalidade do investimento que quer fazer. A contrapartida do condomínio, além da geração de empregos, é a construção imediata”, explicou o vice-prefeito.
Só no condomínio industrial, a Prefeitura deve investir mais de R$ 1 milhão em infraestrutura; no Distrito Industrial, o valor deve ser ainda maior, mas a Prefeitura não concluiu os cálculos de todo o investimento necessário no local.