No início do mês, um decreto do prefeito Arsênio Cardoso (DEM), instituindo turno único na Prefeitura, diminuindo de oito para seis horas diárias o funcionamento do Administrativo, alegando economia de gastos, provocou críticas em sessão do Legislativo de Tabaí.
O presidente, vereador Pedro Araújo dos Santos (PDT), posicionou-se contra a medida e solicitou, na época, informações comprovando a economia.
O jornal O Fato entrou em contato duas vezes com o prefeito Arsênio para falar sobre o decreto. Nesta semana, o assunto foi retomado e questões como qual o valor mensal de economia, em que itens estão essa economia, quais os gastos atuais e valores pretendidos, carga horária reduzida dos funcionários e redução de vencimentos foram enviadas ao prefeito, através da primeira dama e secretária de Educação, Tânia Cardoso. Na quarta-feira, Tânia respondeu a O Fato que as perguntas foram encaminhadas ao prefeito.
Prefeito atarefado
Ontem, Tânia respondeu que estava em reunião em Teutônia pela manhã e que não havia conseguido contato com o prefeito Arsênio na tarde, pois ele estava em compromisso. “Tentei ligar, sem sucesso. Só vou vê-lo depois das 20h. Infelizmente, nada tenho a te dizer”, respondeu a primeira-dama.
Questionada se as respostas viriam na próxima semana, Tânia respondeu que o prefeito estava atarefado com os atendimentos no gabinete da Prefeitura. “Não que eu queira defender meu prefeito, mas ele recebeu muita gente no gabinete. Bem complicado fazer algo a mais, além de atender ao público. Mas vou ver sim.”
“Já arranca no prejuízo”
O assunto também foi retomado com Pedro Araújo na quarta-feira. O vereador respondeu que, talvez, quando fechar um mês do decreto, o prefeito teria condições de responder sobre a economia. “Já arranca no prejuízo, uma vez que os funcionários deixam de prestar duas horas a mais de serviço e , no entanto, receberão por elas. Prejuízo ao erário.”
Conforme Pedro, nesta semana, o Congresso Nacional teria autorizado a redução de horário e redução de salários nas prefeituras. “O que não é o caso, reduz o trabalho, mas o salário permanece integral.”
O presidente do Legislativo reafirma que se posicionou contra a redução de horário, mas que até o momento não fez requerimento pedindo explicações. “Até porque, essa é uma prerrogativa do prefeito. Só não preciso concordar com ele. Ele tem a caneta e eu tenho a opinião como vereador”, salientou.