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O Legislativo de Fazenda Vilanova retornou ao clima considerado normal na sessão da segunda-feira, 23 de novembro. Durante o período da campanha eleitoral, foram raras as manifestações dos vereadores na tribuna.
Na última segunda-feira, houve mais vereadores utilizando o espaço para agradecer os votos recebidos. Os que não se elegeram, em tom de despedida, lamentaram o resultado. Também houve crítica ao governo municipal.
O morador de Fazenda Vilanova, Marcos Gorgen, utilizou o espaço da tribuna para pedir aos vereadores eleitos que “escrevam uma nova história em Fazenda Vilanova, que termine a chamada tirania dos novos prefeitos e respeitem a população.” Ele falou sobre os investimentos anunciados pela atual administração para a área da geração de empregos. “A Bella Luna, que prorrogaram prazo, isso foi dinheiro público, uma palhaçada que fizeram com dinheiro público, a exemplo daquele Cavalieri (posto de combustíveis que não se instalou), essas heranças malditas que deixam para o próximo governo, tem que resolver. Aí, próximo da eleição, vem querer dizer que os culpados são as pessoas daqui do lugar. (…) Que, de agora em diante, haja respeito, cooperação entre as pessoas. (…) Encarecidamente, procure esses empresários que vieram lesar os cofres públicos (…) Ouvi dizerem, aqui (em sessão do Legislativo), “coragem, a exemplo da Fruki (em Paverama)”, mas a Fruki comprou aquela área de terra com dinheiro próprio, se quiser deixar criar graxaim lá, pelo resto da vida, deixa; agora aqui foi dinheiro nosso, dinheiro dos munícipes, tem que haver respeito, isso é caso para o Ministério Público.”
Nas manifestações na tribuna, Marcos Roberto de Souza, o Codécio (PP), que não se reelegeu, disse que sai de cabeça erguida e que voltará. “Na vida a gente vai aprendendo. Nesta eleição, aprendi bastantes coisas, não foi dessa vez. (…) Eu saio daqui de dentro, hoje, orgulhoso. Na minha consciência, consegui fazer um belo trabalho. Pena que muitas vezes o cara não tem um empurrão a mais. Mas eu sei que muitas vezes na política é assim mesmo, quando começa a ganhar uma asinha vão lá e cortam. Não esqueçam o vereador Codécio vai voltar de novo, não sei se pra cá ou outro lugar, mas que vai voltar, vai.” Ele disse ainda que foi o único presidente do Legislativo eleito com voto dos nove vereadores.
João Fernandes (PP) pediu que a questão dos empreendimentos novos sejam bem analisadas antes de serem julgados. “Aquilo que não foi bom, nós vamos ter autonomia aqui para derrubar; aquilo que foi bom, vamos deixar pra lá se foi 11 ou 12 (número do partido político) ou seja lá quem trouxe e vamos olhar com carinho, porque a nossa população precisa de desenvolvimento e o nosso comércio precisa de renda, isso passa por esses empreendimentos que temos e outros que certamente virão.”
Luís Carlos de Brito (MDB), que concorreu a vice-prefeito com José Luiz Cenci (PP), mas não se elegeu, parabenizou os reeleitos, destacando os obstáculos do processo eleitoral. “Muitas vezes, algumas pessoas criticam os vereadores, mas dar o nome para concorrer é muito difícil, só quem está aqui dentro sabe o que é dar a cara a tapa na rua e pedir voto, isso é muito difícil achar gente para compor uma chapa”, disse.
Edevaldo Borges (PTB), que não concorreu, falou sobre a dificuldade de unir os dois lados políticos. “É quase uma utopia. União é um candidato de consenso, e isso vai existir? Tenho quase certeza que não. Isso chama-se união e pensar no bem de Fazenda Vilanova.”
Álvaro Brandão (PDT), que conquistou a sexta legislatura, abordou histórias de candidatos ouvidas durante a campanha. “Inteligente, foram na casa das mulheres falar mal das próprias mulheres, dizer que não poderia colocá-las desta vez. (…) que teria que ter homens inteligentes na Câmara de Vereadores e na próxima poderia entrar mulheres. Esse cara se enrolou com a própria língua de tanto falar bobagem e falou mal da gente (atuais vereadores) também.”
