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A expectativa que vem da produção de uvas

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de julho mostram que o cultivo da uva foi a atividade no setor agropecuário que mais contratou no mês, com nove admissões. Em agosto, foram mais quatro contratações. Em Taquari, a fruta é cultivada na localidade de Aterrados, em uma área de 15 hectares.
O produtor Rogério Onzi, natural de Flores da Cunha, arrendou, há dois anos, as terras da família de Luiz Carlos Sandi, falecido há um ano. As contratações temporárias, quatro na sua propriedade, ocorreram no período da poda, que encerrou em agosto.
Onzi diz que colheu, no ano passado, cerca de 50 toneladas de uva. Para este ano, a expectativa é de triplicar a produção e, para o ano que vem, ele pretende colher 250 toneladas. A ideia é chegar a 400 toneladas da fruta. “Ainda não tive resultado financeiro, mas estou investindo bastante. Neste ano vai começar a ter um pouco de  lucro, mas vou demorar uns dois anos para reverter”, conta.
A fruta colhida em Taquari é levada para três vinícolas da Serra. “Sou de lá e aqui não existe vinícola e não tem mercado”. Para Taquari, foram vendidos, no ano passado, cerca de mil quilos para pessoas interessadas em produzir o próprio vinho em casa.
O investimento na plantação, com correção de solo, adubo e outros, foi de cerca de R$ 350 mil, sendo R$ 120 mil em mudas. “Estava tudo feito, a estrutura estava montada”, destaca Onzi.
Na última safra, a fruta era comercializada a R$ 1,40 0 quilo da bordô, R$ 2,00 a moscato giallo, e, de R$ 1,20 a R$ 1,30 da niágara, para fazer sucos.

Clima ideal para fazer suco da fruta

O trabalho na propriedade está na fase de conclusão do plantio, faltando cinco hectares para a finalização. Todas as parreiras antigas foram substituídas.
Onzi está plantando as variedades de uvas tintas e brancas, que se adaptam ao clima local. “Para vinhos finos, o clima daqui não é o ideal; pra fazer suco e espumante é melhor do que o lá de Caxias”, salienta.
Além da temperatura, o tipo de solo, menos rochoso, dá propriedades diferentes para a uva tinta. “Os vinhos  finos têm que ter um poder de guarda razoavelmente grande. Por exemplo, para ter um vinho de ponta são necessários, no mínimo, quatro ou cinco anos e isso, com o solo daqui não se consegue. Não é só o clima para produzir uvas para fazer concorrência a vinhos chilenos, argentinos, europeus. Para vinhos finos  , estamos engatinhando, o clima deles é muito bom. Mas um vinho comum, de solo rápido, dá pra se fazer. O clima no Brasil para fazer suco é muito superior a qualquer região no mundo. Tem um mercado muito bom lá fora. Está começando a exportação agora e, com o tempo, acredito que vai faltar uva no  Brasil para exportação de sucos, mais do que vinho.”
Onzi plantou as variedades moscato  giallo e lorena, que são uvas brancas, ideais para fazer espumante e vinho; rainha itália, para ser consumida in natura, e as tintas, magna, específica para fazer suco; bordô e niágara, para comercialização in natura.
No período da safra, que ocorre em janeiro e fevereiro, Onzi diz que pelo menos 15 pessoas serão contratadas para trabalhar. No entanto, segundo ele, há falta de mão de obra qualificada.

Trabalho na propriedade iniciou há 20 anos   

A produção de uva na área começou em 2000 com Luiz Carlos Sandi, falecido em junho de 2019, juntamente do seu pai, Inoi Antônio Sandi, também já falecido, a esposa, Nilva Bolzoni Sandi, e os filhos, Rodrigo Luis Sandi e Rogério Carlos Sandi.
Seguindo a tradição familiar do cultivo de uva e, na época, proprietários de uma vinícola na região da Serra Gaúcha, os Sandi, naturais de Flores da Cunha, viram a possibilidade de investir e isso motivou a compra de uma nova área de terras para produzir ainda mais. “Foi aí que adquirimos essa área em Taquari, analisamos as terras e vimos que eram boas para a produção de uva. Na vinícola, meu pai era sócio, juntamente com os irmãos, mas um tempo depois decidiu sair da sociedade e trabalhar somente com a produção de uvas em Taquari. A partir daí, destinávamos a produção para uma vinícola da Serra que produzia sucos, também vendíamos para supermercados locais como Certaja (na época), Casa da Granja, Supermercado Ávila e visitantes locais que vinham comprar as variedades de uvas que produzíamos”, conta o filho de Luiz Carlos Sandi, Rogério Carlos Sandi, 30 anos.
A produtividade, segundo Rogério, variava em torno de 200 mil Kg por ano, sendo que a maior produção colhida chegou a 320 mil kg em um ano.

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