O Fato Taquari Jornal On-Line
Dois Policiais Rodoviários Federais, que na manhã do domingo, 31 de maio, por volta das 10 horas, estavam estacionados em um pátio de restaurante na Coxilha Velha, às margens da BR 386, realizando trabalho de fiscalização de trânsito, não imaginavam que, em instantes, teriam uma das missões mais importantes de suas vidas, a responsabilidade de salvar uma criança de 11 meses, que estava morrendo engasgada.
O policial Ricardo Luis Freza, 42 anos, e 14 de profissão, conta que, acompanhado do colega Fabricio Pesenti Pereira, viu chegarem em um Prisma, com Placas de Tabaí, um casal e a mãe de uma criança de 11 meses, que buscavam socorro para a menina que estava morrendo, sem conseguir respirar. “Quando olhei no banco de trás do carro a mãe com aquela criança molezinha e pálida, não pensei duas vezes, a coloquei de barriga para baixo e realizei a manobra de desobstrução, chamada de heimlich, e ela começou a respirar e chorar. A suspeita da mãe era de que a criança havia engolido uma piranha, que estaria colocada nos seus cabelos. O policial conta que, na sequência do atendimento, foram no veículo da polícia, sinalizando o socorro até o Hospital de Montenegro, onde a criança chegou no Prisma do casal e recebeu atendimento. Fresa, que no passado já havia socorrido um idoso que se afogara com um pedaço de carne em um restaurante, disse que considera o trabalho do policial muito importante na fiscalização no trânsito, pois evita acidentes e diminui o número de mortes, também destaca a importância do combate à criminalidade, mas que ter socorrido a criança foi muito gratificante. “Nós estávamos no lugar certo , na hora certa e fomos instrumentos do bem, agradeço a Deus por termos feito a coisa certa”. Ele considera este atendimento uma de suas ações mais importantes.
Criança está recuperada
Na tarde da quarta-feira, 03 de junho, O Fato esteve na residência de Maria Tissiane Prado Ferreira, mãe de Helen Prado Ferreira, a menina que foi socorrida. Segundo ela, agora está tudo bem, mas foi um susto muito grande. Sobre a suspeita de a menina ter engolido a piranha de cabelo, ela disse que não se confirmou pois exames feitos no hospital de Montenegro não mostraram isso e que o objeto já havia sido encontrado.
A suspeita é que, ao socorrer a menina em casa, a piranha tenha saído e a criança, assim mesmo, tenha se afogado e parado de respirar. A mãe, de 33 anos, disse estar muito agradecida ao casal, Adão Vitor e Marilda de Azevedo que a socorreu e aos policiais. “Todos foram uns anjos”.
