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Além de comércio, um espaço de encontro

A viagem de férias da então vendedora em loja de móveis, Iracema Pimental Garcia, para Aparecida, em São Paulo, há 15 anos, resultou em um dos espaços mais procurados da igreja Católica atualmente: a loja Cantinho do Céu, localizada na rua 7 de Setembro, ao lado da Igreja Matriz. “Foi lá (em Aparecida) que, com certeza, por pura inspiração, passeando entre tantas lojinhas de artigos religiosos, nasceu a feliz ideia, de investir em uma loja em Taquari. Voltando à cidade, pensado em que local seria, me dei conta de que tinha o prédio ao lado da igreja, que estava condenado a ser colocado abaixo. Conversei com o Frei João, pároco na época, que juntamente com o Conselho Paroquial, confiaram na minha ideia”, lembra Cema, como é conhecida na comunidade.

Ela então pediu demissão da loja de móveis e investiu, com a ajuda do esposo, André Garcia, na Cantinho do Céu, em 2004, com artigos religiosos, desde livros a imagem de santos.
Mas o local que seria para comércio acabou se tornando um espaço de encontro da comunidade para conversa, reflexão e especialmente dos membros da igreja católica. “Desta união de boas ideias formou-se o Movimento de Cursilho da Cristandade (MCC), o movimento de casais, o movimento de jovens, promovemos um show de música e mensagens, que teve sete edições, o Amor Show”, conta Cema, que permaneceu por 13 anos à frente da Cantinho do Céu. O nome foi uma sugestão de uma amiga, Marlene Machado, pensando no espaço pequeno e aconchegante. “Foram 13 anos, com muitas alegrias. Mas como tudo tem um tempo, eu achei que já tinha feito a minha parte”, comenta.
Pensando em cuidar mais dos assuntos da família, Cema vendeu a loja para a amiga Maria de Fátima da Silveira Cruz, 63 anos, que se aproximava da aposentadoria como oficial de justiça na Comarca de Taquari, mas que nunca tinha trabalhado com comércio. “Depois que me aposentei, fiz uma experiência de dois meses e comecei em março”, conta Maria de Fátima. Há quase três anos a loja passou para os cuidados da aposentada. “Nunca trabalhei com comércio, mas aqui não é bem um comércio, é um local muito mais de acolhida das pessoas, informações da igreja, de sentar e ouvir. Muitas pessoas vêm aqui pra conversar e tomar um chimarrão. Alguns vêm comprar alguma coisa, outros querem saber sobre a igreja, os santos. E isto é uma coisa que eu gosto”, avalia.
Sem experiência como comerciante, Maria de Fátima diz que custou a se adaptar aos horários. A loja conta com cerca de três mil itens, entre terços, escapulários, livros, novenas, documentos da igreja, como encíclicas e exortações apostólicas, liturgias diárias; paramentos como aspersores utilizados pelos ministros, e imagens de santos, além de ser um braço da igreja na prestação de informações da secretaria, também sobre a história. Sem depender da renda da loja para viver, ela destaca que o comércio fica em segundo plano. “Quem vem comprar uma imagem ou um terço, vem num momento de dificuldade, porque fez uma promessa, ou de felicidade, porque recebeu uma graça. Sempre tem uma história envolvendo este momento da compra, sempre de fé; a loja não é um ponto de comércio, a fé é sempre o primeiro motivo”, aponta.
Embora o local seja vinculado à igreja católica, é procurado por pessoas de outras religiões. “Elas contam a história da igreja deles, como funciona, aqui também é um espaço de evangelização”. O sincretismo com a religião afro também atrai compradores. “Como a de São Jerônimo e São Mateus, eles procuram as imagens e sabem as razões da fé. Nós, católicos, nem todos, sabemos as razões da nossa fé”, diz.
Há ainda as encomendas de imagens de devoção em locais específicos e, muitas vezes, não estão disponíveis no Brasil, como de Santo Ângelo e Santa Juliana. Os mais vendidos são Santa Clara, São José, Nossa Senhora da Assunção, Santa Terezinha, Santo Expedito. São José, por ser o padroeiro da cidade; Nossa Senhora da Assunção, pela história das manifestações no Rincão São José, em Taquari; Santo Expedito, pela devoção às causas urgentes; Santa Terezinha, padroeira da juventude e considerada muito poderosa, e Santa Clara, por ser a fundadora da ordem franciscana feminina, as clarissas.
Envolvida com atividades da igreja, como a catequese, Maria de Fátima precisa, muitas vezes, deixar alguém da família na loja. Ela diz que para o futuro, a ideia é ampliar o espaço de leitura, de convivência e ter um reservado para conversar e acolher melhor as pessoas. “Tenho só ideias, como não sei lidar com o comércio, preciso fazer cursos, organizar melhor o espaço. É uma ideia a longo prazo ou que venha uma pessoa que possa fazer o local melhor.”
Ela diz que, para cuidar da loja é necessário que seja alguém com fé. “Disposto a escutar, que goste das coisas da igreja e das coisas de Deus, para passar uma mensagem positiva e de fé, e de conhecimento. A dor e a alegria de cada um é pessoal, tem que ter um pouco mais de sensibilidade.”

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