A representante do CTG Pelego Branco, Maria Eduarda Lima Souza, 16 anos, conquistou o título de primeira prenda da 15ª Região Tradicionalista (RT), na categoria juvenil, no concurso realizado nos dois últimos finais de semana. A atividade integrou a 50ª Ciranda Cultural de Prendas e o 32º Entrevero Cultural de Peões, ocorrido em Portão. “A conquista foi repleta de dedicação e comprometimento. Uma preparação bem intensa, acompanhada por pessoas muito especiais. O resultado de todo esforço é o título de 1ª Prenda Juvenil da 15ª Região Tradicionalista. Chegar a este cargo, mais uma vez, é uma honra, que enche meu coração de alegria”, destaca Maria Eduarda. Ela foi a única representante do município a participar do concurso que ocorreu também nas categorias mirim e adulta. O concurso que define as representantes da região envolve a apresentação de relatório de atividade do decorrer do ano como representante da entidade local, no caso o CTG Pelego Branco; prova escrita sobre o Rio Grande do Sul, oral e artística. Esta é a segunda vez que Maria Eduarda conquista o título na região. Em 2017, quando participou da 48ª Ciranda de Prendas obteve a faixa na mesma categoria. A prenda, filha de José Gilso de Souza e Jaqueline Lima Souza, iniciou as atividade no CTG Pelego Branco, em 2004, quando foi Prendinha Dente de Leite, e, em 2008, foi escolhida a Bonequinha.
“Ser prenda do Estado poderá ser a consequência de todo este esforço”
OF – Há quanto tempo você estava se preparando?
Eduarda – Entrei neste mundo das Ciranda de Prendas no ano de 2016, ou seja, há mais de três anos os concursos fazem parte da minha vida. Para este regional, em específico, a preparação começou em janeiro de 2019, tornando-se mais intensa que as outras, entretanto, já vinha participando de alguns eventos que eram promovidos. Mas graças às experiências em oportunidades anteriores, consegui conciliar todas as demandas que a Ciranda exige.
OF- Por quais avaliações você passou para obter o título?
Eduarda – Passei por uma série de provas. Elas iniciaram com a entrega de um relatório de atividades um mês antes do concurso, que compreende a participação em eventos estaduais, regionais e de entidades, promoção de projetos como o “CTG Núcleo de Fortalecimento da Cultura Gaúcha” e o “MTG e a Comunidade Escolar”. Juntamente com uma pesquisa para a mostra folclórica, que neste ano teve o tema “Mulheres que fizeram e fazem história no Tradicionalismo”.
No primeiro dia de concurso, 22 de junho, pela manhã, apresentamos a Mostra, expondo materiais referentes ao assunto. Pela tarde, a prova oral, na qual é realizado um sorteio cerca de 15 minutos antes da apresentação; prova artística envolvendo cantar (poderia ser declamar ou tocar algum instrumento, mas eu escolhi o canto), uma dança tradicional e uma de salão.
Finalmente, no dia 29, a prova escrita, que engloba a história, geografia, tradição, tradicionalismo e folclore do Rio Grande do Sul, acompanhada por uma redação.
OF – Esta é a segunda vez que você conquista a primeira colocação na região. Sabe se mais alguém alcançou este feito?
Eduarda – Sim, é uma honra representar a minha região novamente. Dentro da 15ª RT, várias pessoas já conquistaram mais de uma vez o primeiro lugar em concursos, mas representando Taquari e o CTG Pelego Branco, acredito que seja a primeira vez.
OF – Como objetiva (quais metas) realizar sua gestão como prenda da região?
Eduarda – Tenho diversas ideias para esta gestão. O objetivo principal é trabalhar com muita união, sem nenhuma diferença entre nós. Além disso, participar de vários eventos, conhecer novos lugares, fazer mais amizades e servir de inspiração a outras pessoas. Buscar trazer assuntos interessantes aos eventos, que sejam capazes de atrair novos adeptos ao departamento cultural. Estar à disposição de prendas e peões que tenham vontade de concorrer e auxiliá-los no que estiver ao meu alcance. Planejar e me preparar para a Ciranda Estadual. Por fim, aproveitar muito caminho ao longo deste ano, porque é a melhor e mais importante parte.
OF – Há algo que pretenda fazer de diferente em relação à gestão anterior?
Eduarda – Naturalmente, a vivência vai nos ensinando a evoluir. Nesta gestão, busco trabalhar ainda mais e fazer a minha parte para contribuir no crescimento do CTG Pelego Branco e da 15ª Região Tradicionalista.
OF – Você disputará o concurso de primeira prenda do Estado. Como vai se preparar para esta etapa? Ser prenda do Estado é sua meta?
Eduarda – Pretendo iniciar a minha preparação o quanto antes, com calma e organização. Estudos, ensaios, viagens e novos aprendizados com certeza farão parte dela. O ser prenda do Estado poderá ser a consequência de todo este esforço. Seria hipócrita falar que não é a meta, não só minha, mas de todas as prendas que participam do concurso estadual. Mas em nenhum momento posso deixar que este seja meu único propósito. Afinal, o prendado engloba diversas coisas além da competição.