O Fato Taquari Jornal On-Line
A sala de vacinação da unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) Eli da Silva, no bairro Leo Alvim Faller, está fechada desde 12 de janeiro de 2017.
Naquela ocasião, a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), de Lajeado, suspendeu o repasse de vacinas também para a unidade do Coqueiros e Central, até que novos refrigeradores fossem adquiridos, já que os que eram utilizados estavam inadequados, e que fossem instalado termômetros para controle de temperatura. No posto Eli da Silva era necessário ainda adequar o tamanho da sala.
Nesta semana, a reportagem do jornal esteve na unidade do Leo Alvim Faller para verificar a situação, uma vez que a unidade está localizada em uma região de vulnerabilidade social e tem uma grande população de crianças. No posto, são cadastradas cerca de 80 crianças até seis anos, sendo 57 menores de dois anos.
Conforme a enfermeira responsável pela unidade, Jane Machado, o espaço de vacinação foi trocado de lugar, está pronto para receber as crianças e os equipamentos foram comprados, porém, antes, é necessária a liberação dos técnicos da 16ª CRE.
A enfermeira coordenadora da Atenção Básica, Andreia Oliveira Silveira, explica que a secretaria da Saúde solicitou, no mês passado, um posicionamento da coordenadoria sobre a reabertura da sala, justificando a vulnerabilidade social; a distância que a sala fica de outros postos; que há uma baixa cobertura vacinal e isto está relacionado a estes fatores, já que os impedimentos para reabertura tinham sido atendidos. “Já houve uma visita da 16ª quando teve a troca de local da sala, mas a geladeira ainda não tinha sido comprada, então mantiveram a decisão de não reabrir”, lembra.
Andreia salienta a importância da vacinação e o fato de a sala ainda estar fechada. “É uma região de maior vulnerabilidade social, pois nem todos têm carro, e a distância em relação aos demais postos, porque sabemos que quem tem mais que um filho também dificulta para sair de casa”, afirma.
Quanto às demais unidades, foi adquirido o refrigerador para o Central, que está em funcionamento. Sobre o posto do Coqueiros, são necessário encaminhamentos burocráticos e não há previsão de reabertura.
O que diz a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde
A coordenadora do setor de imunização da 16ª CRS, Thaís R. Weber Kraemer, disse que “O município de Taquari sinalizou readequação da referida sala de vacinas recentemente e, portanto, deverá ser feita supervisão técnica da mesma e demais procedimentos administrativos por esta Regional, em conjunto com o município. Estamos em processo de agendamento dos devidos procedimentos, tendo em vista os prazos burocráticos necessários, o que deve ser finalizado nos próximos dias”.
Unidade de saúde terá mutirão de vacinação
Para ampliar a cobertura vacinal na área de abrangência do posto, que inclui a Vila São Francisco de Assis, está previsto um mutirão em um sábado, no início de julho.
Nesse dia, que ainda não está definido, as vacinadoras do município estarão na unidade para colocar as carteiras em dia. A enfermeira coordenadora da Atenção Básica, Andréia Oliveira Silveira, explica que é necessário levar a criança até a unidade para informar os dados ao sistema do Ministério da Saúde e para a aqplicação da vacina em ambiente adequado. Ela explica que se o chamado não for atendido, a secretaria da Saúde vai acionar o Conselho Tutelar. “Vamos fazer a nossa parte”.
O mutirão não integra a campanha de multivacinação que ocorrerá entre 5 e 23 de agosto. Andreia explica que, se a sala de vacina não for reaberta até agosto, a campanha não será realizada na unidade do Leo Alvim Faller. “Na Leo não temos equipe de vacinação hoje, quando reabrir a sala vamos ter que capacitar e pegar alguém treinado para isso, tem um processo. O mutirão será antes porque terei equipe para deslocar e atender a população com qualidade”.
