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“Sei fazer muita coisa com pouco e vou mostrar isso”

Desde a manhã da segunda-feira, 22, o Hospital São José, de Taquari está sob a direção-geral de Marcelo Durante Bitencourt, 51 anos. Formado em Administração Hospitalar, com mestrado e doutorado na área, é natural de Bauru, São Paulo.

Marcelo reside há 10 anos em Curitiba, onde atuou até março deste ano como diretor da Santa Casa de Misericórdia daquela cidade. Foram quase dois anos à frente da casa de saúde e a saída ocorreu, segundo Bitencourt, porque houve a troca da provedoria e, como seu cargo era de confiança do provedor, foi desligado.
Ele conta que após a graduação, passou a trabalhar para a gestora de hospitais São Camilo, em Porto Alegre, e conheceu o hospital de Taquari na década de 1990, quando era mantido pela Sociedade Educação e Caridade, das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Entre os anos de 1992 e 1996, segundo Bitencourt, a casa de saúde era administrada pela gestora de hospitais São Camilo. “Nesse período, eu era consultor na área de suprimentos e visitei este hospital, conheci um pouco da realidade daquela época”.
Agora, ele soube da possibilidade de trabalhar em Taquari e foi indicado por conhecidos administradores hospitalares da região e por ex-colegas da São Camilo. “Fiquei sabendo do projeto, que o hospital estava, de certa forma, não operante completamente em função da interdição do bloco cirúrgico. Me deu um gostinho porque tem muita coisa para incrementar. Eu já ajudei, nestes meus 33 anos de gestão, 10 hospitais do zero. Vim com essa vontade. A associação tem um propósito de fazer que isso aconteça, o mesmo com a prefeitura”, destaca.
Com poucos dias de trabalho, ele está conhecendo melhor a instituição e fazendo um diagnóstico, o que poderá levar até 90 dias. “Já tô atuando, vendo, mudando coisas, mas para ter a consistência disso, levantar dados, ver os serviços que são demandados externamente pela prefeitura, na região e em Porto Alegre, para inovar e criar coisas diferentes junto do poder público e da associação”, adiantou. Além disso, na parte interna, será feito o trabalho com o corpo clínico, com os médicos que já atuaram para um recomeço de uma forma diferente, focado na tecnologia, inovação e prevenção em saúde.
Com mestrado e doutorado na área de gestão, ele destaca: “sei fazer muita coisa com pouco e vou mostrar isso. Mas preciso da ajuda de muita gente. Sozinho não faço nada. (…) Este hospital está aqui e ninguém vai tirar ele daqui. Podem passar gestões, organizações sociais, mas esse hospital é do município e precisa ser envolvido e abraçado pelos órgãos públicos, os profissionais da área de saúde, população e empresários. Temos espaço para todos virem ajudar”.
O Hospital São José é mantido pela Associação Taquariense de Saúde (ATS), fundada para essa função, e mantido com repasses da prefeitura, de cerca de R$ 280 mil mensais, o que corresponde a R$ 3,360 milhões no ano. Além desses, há os recursos da União, Estado e Fundo Municipal da Saúde, que podem chegar a R$ 5,7 milhões no ano. Para não comprometer o atendimento na casa de saúde, Prefeitura tem garantido os recursos ao hospital, inclusive antecipando os repasses de competência do Governo do Estado, quando há atraso.

Entrevista

OF – Os recursos que a prefeitura tem passado ao hospital são suficientes para fazer o trabalho que você pretende?
Bitencourt – Cheguei segunda-feira e ainda não tenho esta informação 100% consolidada. Digo que, hoje, pelo que é repassado e pelo que tem sido repassado em dia, é suficiente para manter o status quo, a situação atual. Evidente que incrementando cirurgia, abrindo setor obstétrico e pronto-atendimento novo, os orçamentos terão que acompanhar o incremento. Tudo o que cresce tem custo. Não podemos esquecer que tudo o que é remunerado pelo SUS não cobre 60% do custo. Vai ter que vir dinheiro de alguma outra fonte.

OF – Você tem algum projeto que pretende implantar?
Bitencourt – Muitos. Agora não dá pra dizer porque são só ideias. Tenho que ter a aprovação da Associação, da Prefeitura, do Conselho Municipal de Saúde, para que seja incrementado. Posso te dizer que tenho, pelo menos, umas 10 novas oportunidades pra cá e diferentes do que já teve até hoje. Mas tudo a seu tempo. Isso é um projeto para dois ou três anos. Na área da saúde, a gente não faz as coisas rápidas porque depende de autorização legal, da Vigilância, adequação física, de mão-de-obra especializada, corpo clínico vinculado e competente para incrementar um serviço.
Meu propósito aqui é inovar, trazer coisas para viabilizar o hospital. Não vamos fazer mais o feijão com arroz. Isso será feito de início. Se vai ter um centro cirúrgico renovado, não dá para fazer só 50 a 80 cirurgias no mês, porque a capacidade dele vai ser para 300 a 400. Evidente que isso será paulatino. Pra que ter uma estrutura grande, que vai custar para fazer, para realizar 100 cirurgias mês? Se este hospital não for o melhor daqui ou da região naquilo que se propoe, em algumas principais especialidades, vai depender de outras cidades para manter sua saúde quando precisar.

OF – O hospital depende grande parte de recursos da prefeitura para fazer o atendimento básico. Dá pra trazer inovações sendo que estamos praticamente no zero?
Bitencourt – Hoje, do jeito que está e pelo que vi, dá pra fazer muita coisa. Tem que ter conhecimento e peito pra querer fazer. Segundo, as inovações não são caras e, dependendo, economiza no processo. Um exemplo, o hospital não tem um sistema de gestão. Tá sendo implantado e termina em junho. Isto vai agilizar muita coisa, deixar de ter erros, então vai otimizar o processo e economia.
Outro exemplo, os exames. Hoje a prefeitura compra fora. Todo esse composto de pulverização de exames, a depender do tipo, pode ser centralizado aqui e otimizar um serviço próprio no hospital, com um diferencial: disponível 24 horas, que hoje não se tem lá fora. O dinheiro está aí e só saber otimizá-lo. Esse que vai ser o cenário inicial. Virão coisas novas, a prefeitura disse que vai aportar recursos novos, vamos buscar emendas parlamentares, tenho experiência nisso, e os planos de saúde, temos que incrementar, ter uma boa referência e resolutividade.

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