A festa do Carnaval é curta, são apenas quatro dias, mas os resultado é intenso. Mesmo que grande parte dos taquarienses prefira aproveitar para viajar no feriadão, os foliões que ficam movimentam a economia.
Conforme estimativa feita pelo jornal O Fato, nesta semana, as turmas, os clubes e as sociedades carnavalescas vão promover uma movimentação de, pelo menos, R$ 250 mil no comércio.
Nas turmas são pagos aluguéis das concentrações, djs, segurança e decoração, entre outros. Eles compram um kit contendo camiseta, caneca e o consumo da bebida no valor médio de R$ 180. Os foliões são responsáveis por cerca de 30% do que é gasto com o Carnaval.
Nas sociedades carnavalescas, a despesa é com os carros alegóricos e músicos, chegando a aproximadamente R$ 60 mil. As fantasias, muitas delas são por conta dos participantes, que compram os tecidos em Taquari e utilizam a mão de obra local.
A foliã Simone Vitalina de Souza desfila na escola de samba e na turma, que neste ano será a Barraca Armada. “Com a escola, porque acho muito importante nosso envolvimento e colaboração com a manutenção do Carnaval em nossa cidade e para preservar esta cultura. Com a turma, é pela amizade e companheirismo que fazemos durante as atividades de Carnaval, pois a Barraca Armada sempre foi parceira em nossas atividades e estes laços foram mais fortalecidos desde o ano passado”, explica. Neste ano, mesmo com o reaproveitamento de materiais, o investimento está previsto em R$ 300.
A costureira Márcia Conceição da Silva Dória, 51 anos, trabalha há 10 anos com a confecção de fantasias, o que dá um acréscimo na receita, podendo chegar a R$ 3 mil o seu rendimento. “Quem dera fosse o ano todo porque é bastante movimentado nesta época”, diz. Neste ano, ela está trabalhando desde janeiro e prepara a etapa antes do bordado. Na próxima semana deverá confeccionar as fantasias da bateria de uma escola, o que exigirá um trabalho de mais de 12horas. “Vem bastante serviço, mas o prazo é pequeno então tem que distribuir para outras pessoas porque não consigo fazer sozinha”.
A estimativa feita pelo jornal considera apenas parte das despesas, há ainda gastos com alimentação nos dias de evento, maquiadoras, cabeleireiros, o lucro dos clubes e a realização dos retiros feitos pelas igrejas.
O vice-prefeito André Brito diz que a cidade ganha com o evento, mesmo que o benefício do poder público não seja financeiro. “Toda vez que há um evento, ganha o conjunto da cidade e automaticamente o poder público. O retorno financeiro não é igual nem dá para mensurar. Mas é importante para a cidade porque o comerciante está ganhando dinheiro e se fortalecendo, é sinal que tem um funcionário que vai ganhar dinheiro e melhorar a qualidade de vida de alguém”.