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Quatro décadas do Cachorrão do Careca

A busca por uma alternativa de trabalho levou Manoel Dirceu Bizarro Kern, 73 anos, conhecido por Careca, a comprar um trailer para venda de cachorro-quente, na década de 70, localizado na rua Sete de Setembro (esquina com a Margarida Ribeiro).

O trailer já estava no quarto dono quando ele adquiriu. Filho do comerciante Leovino Apolo Kern, que era proprietário do Bar Vitória (atualmente Restaurante do Tchê), acreditava que poderia obter uma renda com a atividade no ramo da alimentação. Até então ele fazia “bicos” como taxista.
Antes de ser adquirido por Careca, o trailer foi de Eugênio Von Fruhauf, o Baixinho da Funerária, passou para uma empresária de Lajeado, foi adquirido por Décio Alves Martins, o Feitiço, que vendeu para Paulo Vilmar Capelão Leite, o Canino, e, por último, Careca.
Em junho de 1976, iniciaram as atividades do Cachorrão do Careca, com a venda exclusiva de cachorro-quente: pão recheado com salsicha, molho de tomate, milho, ervilha, maionese, ketchup e mostarda e prensado. A inclusão do repolho à salada do cachorro-quente foi uma inovação, segundo Careca, dele. “Tinha com alface, mas com o aquecimento, fica preta. Comecei a colocar o repolho, gostaram e tá aí até hoje”, comemora. Nesta época, o x já estava inserido ao cardápio. Anos mais tarde, o trailer foi retirado da esquina e colocado no ponto onde segue até hoje, no meio da quadra da Rua Margarida Ribeiro.
Em 1983, a esposa Elza Cruz de Quadros, 64 anos, passou a trabalhar com ele no empreendimento, que segue até hoje e ali criaram os filhos. “No começo, nós morávamos no Colônia 20 e não tinha carro. Eu vinha a pé com os filhos nos braços, as sacolas mais o cachorrinho”, lembra Elza. O casal não tinha empregados na casa nem na lancheria. “Criamos os filhos dormindo aqui, deitados na gaveta e depois, no carro”, conta. Ela recorda que houve um dia em que ocorreu uma troca de tiros na esquina e um dos envolvidos correu para traz do carro onde as crianças estavam dormindo.
Elza recorda ainda que quando iniciaram as atividades no trailer amanheciam trabalhado todos os sábados. “Para fazer o ponto, passamos muito frio e muito trabalho esperando freguês na madrugada”.
Pelas quatro décadas de trabalho, muitos taquarienses que não residem mais no município guardam as lembranças do xis do Careca, e quando famílias vão visitá-los levam. Por isso, já houve encomendas atendidas em Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis.
Para o futuro, a empresa deverá passar para o comando dos filhos. Denise, a filha mais nova, já assumiu a função junto dos pais. Elza, entretanto, destaca que não abre mão do que faz. “Eu amo estar aqui dentro. Não tem o que eu goste mais do que estar aqui. Prefiro estar aqui do que na praia. Faço questão e vou sair só quando morrer”, admite, completando “Agradeço muito os meus fregueses, tenho muito respeito por eles. Procuro fazer com a melhor qualidade, amor”. Já Careca afastou-se das atividades. “Foi bom, fiz o que eu gostava e sempre gostei de trabalhar com pessoas”.
Entre 1982 e 2004, a família manteve lancheria junto ao Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja.
A empresa tem hoje dois empregados e atende das 11h às 13h30 e das 18h30 até o movimento acabar, inclusive feriados, todos os dias da semana. Apenas em janeiro e fevereiro que não abre nas terças-feiras.

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