A unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Caieira, foi inaugurada em julho de 2016, mas já apresenta inúmeros problemas nas instalações. Com dois anos de uso, o prédio tem inúmeras infiltrações que estão danificando suas estruturas. Em dias de chuva, não há como realizar atendimento no local.
O clínico geral, Danillo Cavalcante Costa, mostrou os problemas a O Fato Novo na tarde da quinta-feira, 19 de julho. Segundo ele, na semana passada, o posto de saúde teve que suspender os atendimentos durante dois dias de chuva, pois, em decorrência das infiltrações, diversas salas da unidade ficaram alagadas. “Eu estava atendendo uma paciente e começou a dar curto na tomada, a sair faísca, fumaça. A paciente ficou até nervosa, disse que estava pegando fogo”, conta o médico.
O consultório odontológico também foi uma das salas inundadas. Em decorrência de a cadeira para os pacientes ser elétrica, mesmo quando não havia mais água no chão da unidade, o atendimento não pôde ser restabelecido, porque mesmo a umidade pode danificar o equipamento.
Para o clínico geral, os problemas no prédio geram risco para quem utiliza a unidade. “Até a gente fica doente, com problemas respiratórios em função da umidade. Dá escorregações no piso, é perigoso cair, os pacientes se machucarem”, considera o médico.
Nas paredes da unidade, há muito bolor e algumas rachaduras. A pintura está bastante prejudicada. Nos dias de chuva, a água escorre pelas lâmpadas e é impossível ligar energia elétrica no posto. De acordo com a enfermeira da secretaria municipal da Saúde, Iara Margit Goerck, as paredes da unidade já foram limpas, mas o bolor volta a tomar conta em decorrência das inúmeras infiltrações. “A empresa já foi notificada, não é uma coisa que a gente está de braços cruzados, porque toda vez que chove dá problema”, salientou a enfermeira.
Desde fevereiro deste ano, a Prefeitura notifica a empresa responsável pela obra a realizar reparos na unidade, mas não obtém resposta. De acordo com a Administração Municipal, o setor de Planejamento está levantando os custos necessários para a reforma e, posteriormente, o setor Jurídico analisará se entrará judicialmente com pedido para que a empresa realize os reparos ou se a própria Prefeitura arcará com os custos da reforma e, depois, cobrará judicialmente o ressarcimento dos gastos por parte da empresa.
O jornal O Fato Novo tentou contato com a constrututora, através de números disponíveis na internet, para solicitar posicionamento sobre o caso. No entanto, as ligações não foram atendidas.