Médium Hamílton Júnior fará sessão pública de psicografia em Taquari

Na próxima quinta-feira, 28 de junho, o paraibano Hamilton Júnior fará uma reunião pública de psicografia no município. A sessão com o médium inicia às 19h, no ginásio do Esporte Clube Pinheiros. A entrada do evento é 1kg de alimento não-perecível, que será destinado a cerca de 40 famílias carentes do município.
A reunião é sem fins lucrativos. A organização espera em torno de 500 pessoas para o evento, tendo como base a média de público que o médium reúne nas cidades por onde realiza sessões públicas. Durante o encontro em Taquari, está programada uma palestra e uma sessão de psicografia.
Morador de João Pessoa, na Paraíba, o médium percorre o Brasil realizando reuniões públicas, onde psicografa cartas e fala recados para o público presente. Hamílton tem 21 anos, quatro deles dedicados à mediunidade. O jovem já escreveu mais de 600 cartas.
Esta será a primeira vez dele em Taquari e a sexta visita à região. Além do município, Hamilton fará reuniões públicas em Cruzeiro do Sul, Lajeado, Santa Cruz do Sul e Cachoeirinha. A primeira vez de Hamílton no Vale do Taquari foi em março de 2017, em Cruzeiro do Sul.

O motivo da visita

Hamílton Júnior vem a Taquari a convite de um grupo de moradores do município que acompanham o trabalho do médium. São eles que estão organizando o evento e buscaram parcerias para que pudesse ser realizado, sem a cobrança de ingresso, única exigência do médium. “Ele não pede nada, não exige hotel, restaurante, nada. Só exige que não haja cobrança de ingresso para o evento”, conta uma das organizadoras, a taquariense Lucinara Souza de Almeida.
Além dela, Alice Sulzbach, Lidiana Rosa da Silva e Vanda Souza da Silva estiveram no jornal O Fato Novo representando a organização do evento. O grupo conta que rateou, junto com os demais organizadores de Taquari e dos municípios que ele visitará no estado, a passagem aérea para o médium visitar o Rio Grande do Sul e realizar as sessões públicas. Os taquarienses também são responsáveis por buscar e levar o médium e seus colegas a Cruzeiro do Sul, onde ficará hospedado na casa de uma família, e oferecer alimentação durante sua estada no município. “Ele não cobra nenhum valor pela sessão”, salienta Lidiana.
O grupo relata que conseguiu bastante apoio dos taquarienses para poder realizar o encontro. “Para nós, organizar um evento deste porte é muito difícil, se precisa de muitas parcerias para dar certo”, conta Alice Sulzbach.

As cartas

Alguns dos integrantes do grupo que está organizando a reunião receberam cartas através do médium. Vanda Souza da Silva foi a primeira a ter contato com o trabalho de Hamílton. Ela conta que ficou sabendo, pela internet, que o médium estaria em Cruzeiro do Sul, no ano passado, e resolveu comparecer ao encontro. “Eu não conhecia ninguém lá. Não preenchi nenhum tipo de cadastro, com meu nome, ou algo assim. E quando ele começou a ler as cartas, ele chamou os familiares de Eduardo Souza da Silva, meu filho que havia falecido há sete meses, na época”, conta. A carta psicografada pelo médium dava detalhes do tratamento contra o câncer, enfrentado por Eduardo, e perguntava sobre diversos familiares. Por fim, na assinatura da mensagem, constava o CPF do rapaz. “Foi uma riqueza de detalhes tão grande, num lugar onde ninguém me conhecia ou sabia que eu estava, que não tinha como eu duvidar que fosse verdade. Eu não sabia o CPF do meu filho e, na hora, liguei para minha nora para ver se ela tinha algum documento dele que constasse o CPF. Ela tinha a Carteira de Motorista e quando começou a falar os números, eram os mesmos da carta”, conta a mãe.
Outra taquariense que recebeu carta através do médium foi Lucinara. No ano passado, durante uma visita de Hamílton na região, ela foi de carona com outros moradores do município ao encontro. Durante a reunião, o médium leu uma carta de sua mãe, falecida há 13 anos. “Na hora que ele falou o nome da mãe, me deu uma coisa, minha amiga foi comigo até o palco. Lá, ele disse: você é a Lucinara, mas cadê a tua irmã? Como ele sabia que aquela que estava comigo ali não era a minha irmã? Não tinha como. Na carta dizia: minha filha, eu não poderia deixar de vir te dar um abraço, no dia do seu aniversário. Eu não tinha contado nem para o pessoal que estava comigo que era o meu aniversário. Eu fui quietinha a viagem toda”, conta Lucinara. Segundo ela, no final da carta, consta a assinatura que era utilizada por sua mãe.

Como funciona a reunião

De acordo com as organizadoras, na parte da psicografia, Hamílton leva, em média, uma hora escrevendo as cartas. Após, são lidas as mensagens. Se o familiar autorizar, a carta é lida em público ou, se não, particularmente. “Mesmo a família que não recebe se sente confortada após a reunião. Por isso que a gente quis trazer para Taquari. Se uma ou duas pessoas saírem de lá, como eu saí quando recebi a carta do meu filho, a gente já fica feliz. Só uma mãe que perdeu um filho, principalmente de forma trágica, sabe o que a gente sente”, desabafa, Vanda.
Em Taquari, o ginásio estará aberto ao público a partir das 17h30. A reunião está marcada para iniciar às 19h e não deve atrasar. O público não precisa preencher nenhum tipo de cadastro ou identificação durante o encontro, apenas deve entrar no ginásio e se sentar. A organização disponibilizará assentos no local, mas pede que, quem puder, leve cadeiras para garantir que ninguém fique de pé. O encontro não prega a doutrina espírita e é aberto a todas as religiões.