Na manhã de ontem, a Delegada de Polícia, Betina Martins Caumo, concedeu entrevista sobre o homicídio que ocorreu na localidade de Passo do Santa Cruz, por volta das 19h30 do último domingo.
Segundo informou a chefe das investigações, um jovem de 27 anos, morador da localidade, assumiu a autoria do disparo, que matou Marco Antônio da Silva Júnior, 20 anos.
Conforme apurado em depoimentos, acusado e vítima, ambos moradores do Passo do Santa Cruz, estavam na festa de Nossa Senhora da Conceição, realizada na localidade. Lá, Marco Antônio teria arrumado brigas e confusão com diversos presentes. “Ele estava embriagado, exaltado e alguns acreditam que sob influência de drogas. Inclusive familiares teriam tentando acalmá-lo e ele acabou investindo contra eles”, conta a delegada. Segundo as testemunhas, duas pessoas levaram Marco Antônio para casa, no entanto, ele teria pegado dois facões e voltado em direção à festa. Nessa vinda, o jovem teria destruído lixeiras de casas e invadido uma residência.
Conforme informou o autor do homicídio à Polícia Civil, após terminar o evento, que reunia diversas famílias, se deslocava com um amigo pela estrada da localidade quando encontraram a vítima com os facões. Eles teriam tentado acalmá-lo e conduzi-lo novamente a sua residência, quando o rapaz investiu contra eles com os facões. O rapaz de 27 anos contou à polícia que conseguiu se desvencilhar das agressões e ir a seu carro pegar uma espingarda, com a qual efetuou apenas um tiro. O disparo acertou a cabeça da vítima, que chegou a ser conduzida pelo Samu ao Instituto de Saúde e Educação Vida, mas não resistiu ao ferimento. A Brigada Militar apreendeu só facões que estavam ao lado do corpo.
Na segunda-feira, os dois homens que estavam presentes no momento do assassinato deram depoimento à Polícia Civil. Um deles negou ter visto a vítima após ter saído da festa e deve responder por falso testemunho. Já o jovem que efetuou o disparo assumiu a autoria do homicídio e alegou legítima defesa. Segundo a delegada, o caso configura legítima defesa, mas ainda é necessário o laudo da necropsia para apontar se realmente houve apenas um disparo na vítima. Betina Martins Caumo não representará pela prisão preventiva do acusado e não deve indiciá-lo, mas a investigação ainda não está concluída. Após os procedimentos da Polícia Civil, o inquérito é encaminhado ao Ministério Público, que deve dar seu parecer no caso e depois remetê-lo ao Poder Judiciário, onde será julgado.
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