Uma multidão colorada tomou conta da rua Sete de Setembro, em frente ao Grêmio Recreativo Alvi Negro, na noite da última quarta-feira, para a 1ª Festa Consular do Internacional em Taquari, organizada pelo Consulado Bibiano Pontes, de Taquari. Centenas de torcedores acompanharam o evento, que contou com a participação de ex-jogadores colorados, entre eles o zagueiro Marcos Antônio de Lima, o Índio, além das taças do Campeonato Mundial e Libertadores, e do ônibus do Internacional.
A festa começou na Aleixo Rocha, quando a delegação colorada chegou a Taquari. Foguetes, buzinaços e carreata acompanharam a passagem do ônibus do Internacional até o Alvi Negro. Em frente ao clube, centenas de torcedores entoaram canções coloradas e acenderam sinalizadores vermelhos, fazendo a chamada “Rua de Fogo”, tradicional recepção dos torcedores ao ônibus do time. Dentro do Alvi Negro, cerca de 600 colorados acompanharam a programação e participaram de jantar. De acordo com o presidente do Consulado Bibiano Pontes, Alison Rullian dos Santos, foram cadastrados 30 sócios de Taquari durante a festa.
O evento foi realizado com a missão de aproximar cada vez mais o Inter da comunidade taquariense. “De 2016 até agora, foram promovidas diversas excursões ao Beira-Rio, realizadas campanhas, rifas e ações solidárias. O auge desses tantos momentos importantes é justamente a Festa Consular, já conhecida no estado, no Brasil e no exterior por visitar as cidades e levar os símbolos do Inter para perto dos colorados. Trabalhamos durante anos para proporcionar esse encontro em Taquari”, relatou o presidente, Alison.
Além de Índio, estiveram no evento os ex-jogadores colorados Hiran, Fabiano, Airton Caixão, Dorinho, Pinga, Chico Fraga. Também participaram da festa o taquariense Alex Bach e o morador de Taquari, Bibiano Pontes, que foram jogadores e conquistaram títulos pelo Sport Club Internacional, sendo que Bibiano é, inclusive, o segundo jogador com maior número de atuações pelo clube. Também foram homenageados os ex-cônsules colorados, Balduíno Goerck, Carlos Eduardo Labres, Jairo Rocha Bittencourt e José Jacinto Marros, além do convidado Dr. Eliseu Barros Coelho, entre outros ex-integrantes do consulado. “Superamos todas as nossas expectativas na primeira edição. A grande participação e a animação dos colorados de Taquari são coisas que jamais vamos esquecer”, ressaltou o presidente do consulado, agradecendo o apoio de todos que ajudaram e patrocinaram a festa.
Para o torcedor colorado, Jair Souza Azevedo, 46 anos, o momento era de alegria. “Sempre vamos no estádio em todos os jogos e é emocionante ver a festa de hoje, trabalhamos muito para isso, é muita satisfação, vai ser uma noite linda”, disse.
Índio fala da emoção de estar em Taquari e dos momentos marcantes pelo Internacional
O Fato – Gostaria de começar perguntando por que você, um nome já consegrado dentro do esporte e acostumado a ter bastante visibilidade e conviver com nomes já consagrados do esporte, participa de eventos em municípios pequenos como o nosso? O que traz você a este tipo de evento?
Índio – Eu não tenho nem palavras em descrever o orgulho, a satisfação, em primeiro lugar, de ter vestido a camisa do Internacional durante 10 anos, ter podido contribuir com conquistas, com gols, e para eu agradecer o Internacional por valorizar seus ex-atletas, poder também estar viajando para todo o estado e também fora do estado, onde os colorados estão. Porque, muitas vezes, os colorados não têm a oportunidade de ir até o Beira Rio e o Internacional dá esta oportunidade de trazer ex-atletas. Para a gente é uma alegria muito grande poder estar aqui em Taquari hoje, olha que festa linda, maravilhosa, e a gente que jogou sempre recebeu o carinho deles, ter essa sensação novamente, é muito satisfatório.
O Fato – Você acha que esta aproximação com o torcedor é importante? Isto faz a diferença também para o jogador em campo ter o apoio da torcida?
Índio – Sem dúvida. Eu, quando jogava, passei por alguns momentos que a gente não estava legal e a torcida sempre te incentivando, sempre te apoiando, sempre acreditando em você, então você também pegava essa força que eles transmitem de fora para dentro do campo para fazer o melhor dentro de campo. Hoje a gente estar podendo ainda conviver, estar no meio deles, muitas vezes a gente chega e conversa e eles querem saber algumas coisas da gente, de quando a gente jogava, eu só tenho a agradecer mesmo por todo esse carinho.
O Fato – Qual foi o seu momento mais marcante no Inter?
Índio – Eu acho que marcante foi o primeiro dia que eu vesti a camisa do Internacional, é lógico que eu entendo a sua pergunta, porque claro depois vieram conquistas, gols, mas claro que um momento muito especial, que marcou todos nós, com certeza foi aquele dia do mundial
O Fato – Você quebrou o nariz naquela partida e voltou a campo mesmo com nariz quebrado. O que o motivou, mesmo com tanta dor, a manter esta raça, esta garra?
Índio – Isto é de mim mesmo. Eu sempre pensava assim, o que tirar fora do campo mesmo é se tivesse com perna quebrada e não pudesse andar. E naquele calor, vendo meus companheiros, eu queria só voltar, voltar para dentro do campo, e depois ainda veio aquela conquista maravilhosa.
O Fato – Você ainda participou da jogada que levou ao gol…
Índio – É verdade, eu só tenho a agradecer a Deus e a todos os que confiaram sempre na gente naquele momento.