Iniciou, nesta semana, a pavimentação da rua Osvaldo Aranha, um dos principais acessos ao Centro de Taquari. Na tarde de ontem, o trabalho era realizado no trecho entre a Albino Pinto e a Vereador Praia.
O recapeamento da via faz parte de um pacote de 18 ruas, de seis bairros do município, anunciado em setembro pelo prefeito Maneco. O investimento total está previsto em R$ 8,5 milhões.
As próximas vias a serem pavimentadas, integrantes deste bloco de obras, são avenida Getúlio Vargas, no Praia, a rua João Pessoa, no Caieira, e quatro vias na São Francisco.
Antes da pavimentação, a Corsan faz o trabalho de manutenção e substituição das redes de água para evitar futuros prejuízos, com danos na pavimentação, e a prefeitura está substituindo a canalização da rede pluvial (da água da chuva) com a construção de bocas de lobo.
Os recursos são provenientes de diversas fontes, sendo disponibilizados através do Ministério das Cidades, do Badesul, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e de contrapartidas da prefeitura de Taquari.
No mesmo pacote serão pavimentadas todas as ruas da comunidade São Francisco, sete vias no Loteamento do Junior e Boa Vista II, quatro no Rincão São José. O projeto contempla criação de sistema de drenagem, sinalização e construção de calçadas com adequações de acessibilidade. Apenas a rua Fidélis Machado e um beco da São Francisco não receberão calçadas, pois as vias não são largas o suficiente para as construções.
Um transtorno necessário
A Companhia Rio-Grandense de Saneamento (Corsan) está fazendo, há quase dois meses, a obra de substituição da rede de abastecimento de água na rua Osvaldo Aranha, no Centro. O trabalho iniciou em dezembro e o investimento previsto é de R$ 350 mil para a substituição de canos e religação de 96 ramais dessa rua. Conforme a Corsan, a obra está dentro do prazo previsto, que era até início de fevereiro.
Na próxima semana, deverá ser concluído o trabalho de religamento de ramais da Othelo Rosa (rua do Pereira Coruja) até a Daniel Martins Bizarro (na Lagoa) para ser pavimentada em seguida.
A obra iniciada há mais de um mês tem modificado a rotina dos taquarienses. “É um transtorno necessário, mas acredito que estão demorando demais. Eles deveriam dar uma certa prioridade para terminar porque os carros alguns até danificam. A gente tem um pouco de paciência, mas tem limite”, diz a assistente administrativa, Xariene Erther Silva, 38 anos.
Para o aposentado José Luís Brandão, 60 anos, é “um mal necessário. Como vai fazer uma transformação sem destruir alguma coisa? É para uma melhoria de todos. Como vai fazer a obra sem colocar os canos da Corsan para daqui uns dias estar arrebentando o asfalto de novo? Tem que fazer uma estrutura desde o início”, salienta.
Além dos buracos, os comerciantes também foram atingidos. Em muitas semanas o acesso foi fechado e o trânsito precisou ser desviado. Por se tratar de uma das principais vias do centro comercial, o tempo que a obra está consumindo tem causado queixas, uma vez que as pessoas estão evitando passar pela região. A comerciante Letícia Noschang, 38 anos, diz que o movimento caiu muito na loja, mesmo considerando que é período de veraneio. “O mês de janeiro foi perdido. Não tem como sobreviver com três semanas de rua fechada. Já é fraco. Nos dias em que a rua tá fechada não entra ninguém”, diz. Ela ressalta que a questão é a demora. “Acho que tem que ter a obra, sou totalmente a favor, mas falta agilidade”.
Após a conclusão da Osvaldo Aranha, que deve ocorrer na próxima semana, a Corsan fará o trabalho na rua João Pessoa, no bairro Praia.