Uma comemoração na tarde da sexta-feira, 1º de novembro, reuniu funcionários do hospital de Taquari. Eles pararam por alguns minutos para celebrar o aniversário de 65 anos da colega Lúcia Mallmann Vigel e 48 anos de profissão, a serem completados em 1º de janeiro de 2020. Lúcia chegou em Taquari em 1971, aos 17 anos, para trabalhar como servente no hospital. “Na época, eu fazia limpeza, tinham galinheiros, e varria o pátio e o necrotério. No primeiro dia do meu serviço, teve um acidente com nove ou 10 pessoas e a primeira coisa, me mandaram varrer o necrotério, com dois ou três mortos”, lembra. Após quatro meses, passou a auxiliar na enfermagem, mesmo sem ter cursos na área, e ajudava na cozinha. “Eu achava que tinha que trabalhar de manhã à noite. Depois que eu terminava meu serviço, ia pra cozinha ajudar para ganhar lanche”, conta. Ela residia no Lar São José e eram apenas três refeições por dia. “Eu morava no interior e comia a toda hora”. Natural de Lajeado, residiu até os 10 anos no interior de Santa Cruz do Sul e mudou-se para Santa Catarina. Aos 17 anos, a convite de um tio que era padre, passou a morar em Taquari para ser freira. “Vim para trabalhar no seminário, mas já tinha o número de funcionários lá. Daí ele falou com as irmãs, e vim trabalhar aqui”, diz. Até 2009, o hospital São José era comandado pelas irmãs da Congregação Imaculado Coração de Maria. “Se hoje eu sei aproveitar as coisas, aprendi com as Irmãs. Guardo um trapinho porque tenho pena de botar fora. Não me arrependo do que aprendi, serve pra vida”,
Lúcia fez cursos, entre eles, o de auxiliar de enfermagem. Está aposentada há 22 anos, mas segue trabalhando. “Gosto mais daqui do que de casa. Vou indo até eu aguentar”, comenta.
Além disso, verifique
Construção de nova ponte do Capão deve começar em 20 dias
A administração municipal informou que a construção da nova ponte do Capão, que liga o ...