Em comemoração ao Dia dos Pais, que é celebrado no próximo domingo, 11 de agosto, o jornal O Fato mostra a história de dois policiais militares que têm o privilégio de trabalhar com os filhos.
O policial militar reformado Valério Vargas da Silva, 55 anos, está desde 1983 na BM, por incentivo do seu pai, Jaci José da Silva, e não imaginava quando ingressou na corporação, há 36 anos, que dividiria o espaço de trabalho com o filho mais velho, Lucas Silveira da Silva, 34 anos. Ele lembra que chegou a trabalhar com Jaci. “Era bom…trabalhamos na rua”. E hoje, tendo o filho como colega de trabalho, diz que mais aprende do que ensina. “Modificou tudo e ele tem mais conhecimento, como na parte da computação e internet, e das leis. Antes os brigadianos eram mais um guarda de trânsito. Depois começamos a fazer comunicação de ocorrência, mas no início era à mão. Agora é digitalizado”, lembra. O policial conta que criou os filhos dentro dos rituais militares.
O sargento Lucas, que está na BM desde 2006, conta que escolheu esta profissão porque sempre quis alguma função relacionada à polícia ou exército. “Acabei estudando e prestando concurso sendo aprovado no primeiro que fiz”. Mas mesmo tendo um policial em casa, aprendeu sobre a profissão quando ingressou na BM. “Quando criança, algumas vezes, ouvia o pai comentando sobre o serviço. Mas ele não abria muito. Depois que entrei para a Brigada, foi que fiquei sabendo como funcionava o trabalho em si. Sempre gostava desta função, e o pai deu um motivada para isso”.
Outro caso de pai e filho que dividem o espaço de trabalho é o de Ildo Fernandes, 50 anos, e Wilian Oestraich de Borba, 27 anos. “Pra mim é um grande orgulho poder exercer essa profissão, que era meu sonho desde criança, e muito gratificante em saber que meu filho se espelhou, mais ainda em podermos trabalhar juntos”, salienta o sargento Fernandes. Ele lembra que não imaginava que o filho seguiria o seu caminho. “Acredito que tenha sido através mim e do tio materno dele”.
Porém, mesmo satisfeito em o filho ter seguido a sua carreira, sente-se preocupado. “É legal e gratificante, mas ao mesmo tempo, da minha parte, é preocupante. Se dá um ocorrência e ele vai pra rua, a gente fica apreensivo e aviso: vai com cautela e te cuida, até porque já passamos por isso”.
O soldado Wilian, na BM desde 2012, diz que desde pequeno olhava o pai indo trabalhar e achava bonito e sonhava com a carreira. “Ele me incentivou e fui trabalhar com o meu pai, que é o meu herói desde pequeno. Via ele fardado, achava a viatura com a luz ligada a coisa mais linda do mundo”, conta.
Quanto à troca de experiência, Wilian lembra: “Ali dentro (da BM) não dá para ser pai e filho, tem que ser um profissional. Como ele tem mais experiência do que eu, com certeza, passa mais conhecimento”, diz.
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