O assessor administrativo da Câmara de Vereadores, Osvaldo Capelão de Moraes Junior, realizou uma ocorrência policial na quarta-feira, 26 de junho, relatando que o sistema de informática da Câmara de Vereadores pode ter sido invadido por um hacker.
Conforme Osvaldo, o Portal da Transparência estava fora do ar no dia 20 de junho e continua até hoje. No momento, o servidor do sistema também estava inacessível e um programa suspeito estava rodando dentro dele. A empresa que presta assessoria nesta área para Câmara conseguiu derrubar o programa, interrompendo as atividades de criptografia (refere-se à construção e análise de protocolos que impedem terceiros, ou o público, de lerem mensagens privadas) de arquivos. Osvaldo cogita que a invasão visava a um possível pedido de resgate, ou seja, o hacker pediria dinheiro para liberar ou não apagar arquivos.
Os computadores da Câmara de Vereadores tiveram que ser formatados e até ontem não havia gerado mais prejuízos para o Legislativo. Os funcionários não receberam contato do hacker. A Câmara está com as atividades normais porque o programa de dados é copiado diariamente por questão de segurança. A empresa que presta assessoria está trabalhando para reestabelecer o Portal da Transparência. A Polícia Civil investiga o caso.
Prefeitura passou pelo problema
Caso semelhante com o que aconteceu com Prefeitura de Taquari, em maio. Foi praticado um ransomware, que consiste na ação de um hacker – indivíduo que quebra e invade sistemas de segurança para obter vantagens pessoais – que criptografa (armazena e codifica) todos os dados que constam em um equipamento, seja um computador ou vários em rede. Os dados da Prefeitura foram bloqueados e o criminoso cobrou um resgate em bitcoin (moeda virtual) no valor de R$ 27 mil. O valor não foi pago e em registro foi realizado na Delegacia de Polícia Civil de Taquari na quarta-feira, 31 de maio.