O agricultor Élio Idzi renunciou ao cargo de presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário (Comdagro), na reunião realizada na terça-feira, 28 de maio, na sala do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR). Ele estava no terceiro ano como presidente. Foi eleito em 2017, reeleito em 2018 e eleito por aclamação em janeiro de 2019.
Ele justificou, em entrevista ao Mistura Fina On-Line, nesta semana, que as demandas dos agricultores não eram atendidas. Para Élio, a agricultura não é prioridade na administração municipal. “Venho há anos nessa luta, defendendo a agricultura, uma mudança de estratégia. Vejo que o pessoal tá reclamando e não é atendido nas suas reivindicações”.
A falta de um titular na Agricultura também foi citada pelo produtor. “São quatro anos sem secretário e não temos um representante à altura que a gente possa cobrar ou dialogar (…). Cansei, como representante do Conselho, a gente não ganha salário. É gasto de gasolina, do tempo pra defender a classe.
Com a saída do presidente, uma nova eleição no conselho deverá ser convocada.
A entrevista completa está disponível no site do jornal O Fato ou Facebook: jornalofato.
O que diz a prefeitura
O vice-prefeito André Brito conversou com o jornal O Fato sobre o assunto. Segundo ele, a agricultura é uma prioridade para a administração municipal, que tenta atender suas demandas na medida do possível. André Brito também salientou que, recentemente, reuniu-se com os integrantes do Comdagro durante a Expo Agro Afubra, realizada em Rio Pardo, e ouviu as reivindicações da categoria. “Claro que a gente gostaria de fazer muito mais, sabemos que tem deficiências no interior, principalmente no que tange às estradas, mas, dentro do possível, tentamos atender as reivindicações e muitas demandas têm sido atendidas. Sempre coloquei para ele (Hélio Idzi) que podia nos encaminhar essas demandas. A questão de não ter secretário não é só na Agricultura. Hoje trabalhamos com dois secretários porque estamos num contingenciamento de recursos diante da crise que afeta todos os municípios e, felizmente, estamos mantendo as contas em dia, graças a isso”.