De acordo com informações do Ministério Público Estadual, ontem, quinta-feira, 19, uma pessoa foi presa, e dois estabelecimentos foram parcialmente interditados durante operação da Força-Tarefa Segurança Alimentar, no município de Taquari.
No total, seis locais foram autuados e uma tonelada e seiscentos quilos de alimentos impróprios ao consumo foram recolhidos e inutilizados.
Durante a ação, o responsável pelo Mercado Ávila foi preso por crime contra as relações de consumo. Também foram vistoriados e autuados o Mercado Pacheco, o Mercado Dia, o Supermercado Paraíso, o Supermercado Bom D+ e a Padaria Pão Kente. As interdições parciais aconteceram no depósito do Mercado Ávila, pela presença de roedores, e na atividade de produção de padaria e confeitaria do Mercado Paraíso, por péssimas condições de higiene.
Conforme o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Segurança Alimentar (Gaeco), Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, os principais problemas encontrados foram produtos vencidos, sem procedência, fracionados irregularmente, estragados e fora de temperatura adequada. Além disso, foram detectados graves problemas de higiene, com presença de roedores e fezes dos mesmos.
Também participaram da ação o promotor de Justiça de Taquari, Roberto Carmai Duarte Alvim Júnior, representantes da Vigilância Sanitária Estadual, da Secretaria Municipal de Saúde de Taquari, da Secretaria Estadual da Agricultura, além da Decon e do Procon Estadual.
Fiança havia sido estipulada ontem
Segundo informações apuradas por O Fato Novo sobre a prisão realizada ontem, no Ávila, uma fiança já havia sido estipulada. O jornal, até o fechamento desta edição, não conseguiu saber se o preso já havia sido liberado.
Contraponto
A gerente proprietária do Supermercado Paraíso, Jaqueline Ziegenrucker, concedeu entrevista a O Fato Novo e disse que a ação constatou 19 tipos de produtos com validade vencida e algumas embalagens amassadas. “Não tivemos problemas com nosso açougue, está em pleno vapor. Levaram 16kg de paletas que não estavam em altura adequada na câmara fria e 20kg de guisado, que era uma encomenda e o cliente ainda não tinha vindo buscar”. Conforme Jaqueline, na padaria tiveram problemas de fluxo de trabalho relacionado a procedimentos. “Recebemos informações de como proceder de acordo com as exigências. No termo de ajustamento de conduta que recebemos, fala em problemas de fluxo de trabalho e nada ligado a higiene. Inclusive, quem quiser visitar nossas intalaçoes fique à vontade”, salienta.
O jornal tentou contato com Super Ávila mas não teve sucesso. Com os demais estabelecimentos comerciais, não houve tempo de entrar em contato, mas coloca-se à disposição para esclarecimentos na próxima edição.