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Alegada demissão gera impasse entre médica, hospital e prefeitura

Um impasse entre a médica ginecologista Lívia Guaitolini, o Instituto Núcleo de Apoio às Políticas Públicas (INAAP), que administra o hospital São José, e a Prefeitura de Taquari resultou em publicações de desabafo em rede social e gritaria no hall de entrada do hospital.

A questão veio a público após uma postagem da médica em sua rede social, na noite da segunda-feira, às 22h59min, que buscava alertar colegas de trabalho a não aceitarem ofertas de emprego em Taquari, relatava sua trajetória no município iniciada há 60 dias e que tinha sido demitida por telefone. “Por favor, colegas, não se desvalorizem, não aceitem esse tipo de emprego! Taquari não tem suporte para nenhuma especialidade”. “Passei alguns dias doente, a semana passada e remarquei devidamente as pacientes para atendimento, trabalhei o dia todo hoje e à noite, ao chegar em casa, cansada fui avisada via telefone que a partir daquele momento não era pra eu ir trabalhar, pois haviam encontrado um médico que aceitou fazer tudo que eles pediram por um preço que eles querem pagar”, diz a publicação.
Na manhã da quarta-feira, segundo a médica, ela esteve no hospital, por volta das 11 horas para saber como seria feito o pagamento do período trabalhado. Sem ter sido autorizada a entrar, forçou por duas vezes a porta e procurou pelo administrador da instituição, mas não o teria encontrado. Ali, no corredor, gritou contestando o fato de ter sido demitida sem justa causa.
Também na manhã de quarta-feira, às 11h04min, a Prefeitura de Taquari divulgou uma nota sobre “a polêmica ocasionada pela publicação da médica e servidora pública Lívia Guaitolini”. No texto, a prefeitura busca esclarecer a data em que ela foi contratada, a carga horária e o salário. “Em que pese a carga horária de 40h/semanais, a profissional não vem cumprindo mais de 16 horas semanais. Desde o início do contrato até a presente data, foram 71 consultas com gestantes e 117 em ginecologia”; “a médica LIVIA GUAITOLINI permanece como servidora do município, em que pese não ter comparecido na data de hoje para o trabalho e, até o presente momento, não ter manifestado interesse na rescisão contratual”; “quanto às afirmações caluniosas e difamatórias em relação ao município e seus administradores, as providências jurídicas já estão sendo tomadas”, são alguns trechos da nota.
Após o fato ocorrido no hospital, a médica teria procurado a Administração Municipal para esclarecimentos, porém não teria encontrado o prefeito nem o vice-prefeito.
O Hospital São José está sob a administração do Inaap desde o dia 11 de maio, e a médica atuando como plantonista na instituição desde 1º junho.

O QUE DIZ A MÉDICA

“Fui atrás de todo mundo para dar treinamento, pra deixar este hospital decente”

No final da tarde da quarta-feira, 18, a reportagem de O Fato Novo conversou com a médica Lívia Guaitolini. Ela contou que, em maio desde ano, foi procurada para trabalhar como plantonista no hospital por um representante de uma empresa que busca médicos para as instituições.
Para dar andamento na negociação, esteve em Taquari e conversou com o então administrador do hospital, Sírio Oliveira, e o vice-prefeito, André Brito. “Fechamos que eu viria pra cá e o André me ofereceu dois contratos na prefeitura, como ginecologista e obstetra, mas falei que não gostaria, porque tenho filho pequeno, e queria 20 horas. Mas ele pediu porque o município não tinha outro médico para colocar”. Lívia diz que concordou e ficou de encontrar outro colega para dividirem o trabalho na obstetrícia do hospital. “Eles me exigiram dedicação exclusiva ao município, que eu estivesse aqui no dia 1º de junho. Aluguei uma casa às pressas, larguei os outros empregos”. Ela conta ainda que pediu um tempo para se organizar, que precisaria viajar todos os dias de Porto Alegre para Taquari pois estava de mudança. Com o contrato de 40 horas com a prefeitura, no valor de quase R$ 13 mil, ela atende nas terças e quintas-feiras no Posto Central, mas que teria se disponibilizado também na segunda-feira e estava buscando organizar o setor, pois não havia informações de quantas gestantes há no município.
No hospital, seguia o projeto para retomar os partos em Taquari. Mas, diz Lívia, que, ao chegar na instituição para avaliar, não havia material para realizar o trabalho na maternidade. “A única incubadora que tinha estava quebrada, com uma camada de poeira, bicho, cupim dentro, inclusive dentro dos armários. As enfermeiras não sabiam pegar o acesso venoso em criança, ou seja, a maternidade não tinha condições físicas de funcionar nem pessoal treinado”. Diante da situação, se propôs elaborar a lista de material a ser adquirido e buscar pessoas para fazer o treinamento. “O prefeito me garantiu que toda aparelhagem seria comprada sem licitação, e que no final de junho estaria todo o material, para inaugurar no dia 1º de julho”. Porém, era final de junho e o material não tinha sido comprado. Ao buscar informações, soube que seria feita licitação, marcada para aqueles dias. Também buscou pessoal para treinar os empregados, uma vez que o mesmo técnico de enfermagem que limpava o cocô de idosos é o que pegava o recém-nascido, ou a criança que estava internada. “Isto é proibido por lei. Fui atrás de todo mundo para dar treinamento, pra deixar este hospital decente”.

Proposta de R$ 20 mil para a obstetrícia para dois médicos

Enquanto isto, era feita a negociação do valor a ser pago pelo serviço de obstetrícia. “Tô tentando negociar há mais de um mês. Tinham falado que pagariam R$ 20 mil por mês para trabalhar de sobreaviso, comecei a ligar para meus colegas e oferecer o emprego, mas os colegas não quiseram vir por esse valor”, diz. Segundo ela, seriam R$ 20 mil para dois médicos executarem a função, o que corresponderia a R$ 13,88 a hora. “Mas isto não se paga em lugar nenhum. É três vezes menos o que se paga no estado inteiro”, diz. “Tentei organizar o hospital, ajudar de todas a formas que eu podia, até que começaram a me forçar a trabalhar por um valor que não é justo”.
O fato de estar trabalhando 40 horas para a prefeitura e ainda atender no hospital não teria sido problema. “Eles pediram que mesmo que eu tivesse um contrato com 40 horas, poderia fazer os plantões porque não tinha outro médico, o que realmente não tinha, porque convidei vários colegas pra vir e ninguém quis”, diz.
Até que na última semana ela teve problemas e chegou atrasada no plantão na sexta-feira, mas que avisou sobre os imprevistos que ocorreram. No mesmo dia, precisou fazer a transferência de uma criança com apendicite, mas teve dificuldade. “Não tem lugar para encaminhar porque Taquari não pediu aceite de ninguém. Taquari é autossuficiente”, alerta. Depois de muita insistência, ela teria conseguido a vaga em Lajeado.
Na segunda-feira, relata que teve problema de saúde e remarcou pacientes para a terça-feira. Depois de atender na terça-feira, ao chegar em casa, recebeu uma ligação da mesma pessoa que a havia chamado para trabalhar em Taquari (representante da empresa que busca médicos), informando que “estava demitida de todos os meus trabalhos no município porque só serve para eles um médico que faça as três funções e arrumaram outro médico pelo que eles oferecem, e que eu não precisaria nem ir trabalhar”.
A médica diz que esteve no hospital na manhã da quarta-feira para saber do pagamento do salário do plantão do hospital que ainda não recebeu; dos chamados-médicos que recebeu e da multa rescisória da casa que foi alugada. “Porque só aluguei porque a prefeitura exigiu que eu morasse em Taquari e das minhas avalições que fiz das pacientes”, diz.
Quanto à nota publicada pela Prefeitura, diz que “a prefeitura não tem o direito de fazer o que fez comigo, publicando aquela nota. Se a prefeitura não concorda ou não quer mais, ela tem que chamar o servidor, notificar e demitir e não postar em rede pública”. A médica diz que está buscando os seus direitos na justiça.
Sobre a nota publicada por ela na rede social, afirma: “coloquei nota no Facebook contando a realidade da cidade, não citei nome de ninguém, não acusei ninguém. Eles usaram meu nome sem a minha autorização”.

Publicação da médica Lívia Guaitolini no Facebook

Segue na íntegra nota publicada pela médica na rede social.

“Colegas, venho fazer um aviso! Por favor, cuidado ao aceitarem alguma oferta de trabalho do município de Taquari-RS! Há 60 dias os governantes desse município junto com um administrador do hospital me fizeram uma oferta de emprego para a qual me exigiram dedicação exclusiva e q eu teria q residir em Taquari! Com toda boa vontade e após ter explicado todos os calotes pelos quais já havia passado, larguei meus empregos todos para estar à disposição de Taquarí no dia 01/06 conforme haviam me pedido! Desde então minha vida tem sido um inferno! Assumi dois contratos com a prefeitura para posto de saúde ok e dois plantoes da emergência ok! Porém o trabalho como ginecologista eles queriam me pagar 3 vezes menos em relação ao que se paga no estado inteiro, com a justificativa de que, trabalhando na emergência e no PSF eu teria uma renda final boa! Ou seja eu teria q trabalhar como GO, emergêncista e PSF para chegar à um salario! É como se eu te contratasse para mordomo e te oferece 2,000,00 reais por isso , mas para ganhar isso tu tbm terias que carpir e lavar a roupa da casa e não ser apenas mordomo, ou seja, 3 trabalhos pelo valor de um! Fora isso, ao começar a trabalhar pude perceber outras coisas, como a total falta de infraestrutura do município em relação à saúde, políticos prometendo inverdades, recebi afirmativa de que todo o material pra colocar a maternidade funcionando já estava comprado no dia 08/06 devido à situação emergencial do município, e que tudo seria entregue no final de junho para q a maternidade fosse inaugurada no dia 01/07, isso saiu no jornal da cidade, quando fui à procura do material no final de junho fui informada de q a lista de material sequer tinha ido pra licitação! E continuaram as mentiras e as tentativas de jogar a culpa em cima de mim pelo serviço de obstetrícia do hospital ainda não estar funcionando oq tenho provas de ter ido atrás pra tentar alguma negociação sem sucesso! Prossegui nos atendimentos no posto de saúde sem ter para onde encaminhar as gestantes e recebendo pacientes do colega do ambulatório de alto risco de Estrela que, mesmo sabendo que o hospital não tem maternidade e tampouco onde internar alguma grávida, seguiu por picuinha encaminhando pacientes para internação hospitalar! As gestantes todas perdidas me pedindo pra não ir embora enquanto isso eu com coração partido vendo q não havia interesse nenhum dos governantes em negociar comigo, muito pelo contrário, queriam me passar a perna e ganhar tempo pra procurar alguém q aceitasse trabalhar pelo valor q oferecem!! E foi oq aconteceu! Passei alguns dias doente a semana passada e remarquei devidamente as pacientes para atendimento, trabalhei o dia todo hoje e a noite ao chegar em casa cansada fui avisada via telefone que a partir daquele momento não era pra eu ir mais trabalhar, pois haviam encontrado um médico que aceitou fazer tudo q eles pediram pelo preço q eles querem pegar! E eu nem sequer fui avisada! Agora peço à vcs, não aceitem emprego de Taquarí! Me fizeram trazer toda minha vida pra cá sabendo das consequências disso e agora simplesmente me descartaram pq um colega q eu nem sei quem é aceitou trabalhar pela miséria q querem pagar! E eu tbm quero saber Quem vai arcar com os custos da minha mudança pra cá a pedido deles? Quem vai pagar a multa rescisória da casa q aluguei por ser exigência deles q eu morasse aqui? Quem vai me pagar aviso prévio já q sequer fui avisada para não trabalhar e não cometi nenhum ato que infringisse o trabalho médico ou o trabalho q me foi proposto, ( sem justa causa), muito pelo contrário, meus plantões sempre lotados de pessoas do município e mães pedindo para serem atendidas por mim e agradecendo! Por favor colegas não se desvalorizem, não aceitem esse tipo de emprego! Taquarí não tem suporte pra nenhuma especialidade, nenhuma! Não tem sequer um berço aquecido decente ou berçário decente para dar atendimento a algum bebe q nasça aqui! Eu mesma fiz a lista de todo material hospitalar q falta e q não compraram, aliás nem sabem pra onde a lista foi parar! Eu consegui colegas de outra especialidades pra vir até o hospital dar treinamento aos funcionários,consegui gente q me conhece q confia em mim pra vir trabalhar aqui e q desistiram devido ao descaso do município! Na última sexta a noite eu passei a madrugada inteira chorando no telefone e implorando pra algum município aceitar uma criança de 11 anos com apendicite de evolução de 3 dias e ninguém queria aceitar por ser de Taquarí! Quando enfim consegui aceite médico em Lajeado conforme ligação gravada, quando a ambulância chegou ao hospital de Lajeado o médico não queria mais aceitar por ser de Taquarí! A q ponto chegou isso! Tem uma moça vítima de atropelamento internada em Montenegro há pelo menos 15 dias q ninguém aceita por ser de Taquarí! Pq o município não tem convênio e nem retaguarda com nenhum município, simplesmente pq disse q não queria e que era auto suficiente para o governo do estado! E os governantes do município ao invés de tomarem isso como lição e fazerem algo pelo município, ficaram com raiva de mim por ter falado a verdade e fizeram essa sacanagem! Por isso peço encarecidamente que não aceitem ofertas de trabalho de Taquarí!! Aqui não existe respeito nem consideração por ninguém, nem pela população e nem por quem trabalha aqui!
Isso é apenas o resumo de tudo q aconteceu! Não vou deixar fazerem cmg oq fizeram com outros médicos q foram embora daqui pelo mesmo motivo e que levaram a culpa perante a cidade enquanto verdadeiros culpados são aqueles que deveriam zelar pelo bem estar e saúde da população mas não o fazem!”

O que diz a nota publicada pela Prefeitura na manhã da quarta-feira

NOTA OFICIAL

Considerando a polêmica ocasionada pela publicação da médica e servidora pública LIVIA GUAITOLINI, o Município de Taquari esclarece que:
– A médica LÍVIA GUAITOLINI foi contratada pelo município no dia 14 de junho de 2018 para a função de médica Ginecologista/Obstetra, para atendimento junto à rede de saúde básica do município, com carga horária de 40 horas semanais e salário mensal total de R$ 12.963,82.
– Em que pese a carga horária de 40h/semanais, a profissional não vem cumprindo mais de 16 horas semanais. Desde o início do contrato até a presente data, foram 71 consultas com gestantes e 117 em ginecologia.
– Na data de ontem, 17/07/2018, a referida profissional atendeu 21 pacientes, iniciando os atendimentos às 10h da manhã.
– A médica LIVIA GUAITOLINI permanece como servidora do município, em que pese não ter comparecido na data de hoje para o trabalho e até o presente momento não ter manifestado interesse na rescisão contratual.
– Os equipamentos médicos que serão adquiridos pelo município estão com a data da licitação marcada para o dia 24/07/2018. A data inicial do processo licitatório era 27/06/2018, através do Pregão Presencial 019/2018, publicado no dia 12/06/2018. Em face de recurso de empresas participantes, foi alterada a data do processo. Serão os seguintes itens a serem adquiridos: Berço aquecido Neonatal; Monitor Fetal Cardiotocógrafo com impressora, monitoramento Gemelar; Balança pediátrica com fita antropométrica para pesar e medir bebês; Reanimador manual Pediátrico silicone/PVC; Reanimador manual Neonatal, silicone/PVC; Régua antropométrica pediátrica; Misturador de ar e oxigênio; Oxímetro de pulso; Cabo para sensor de oximetria, adulto; Cabo para sensor de oximetria, neonatal; Cabo para sensor de oximetria, pediátrico; Máscara facial redonda de silicone, nº 00; Máscara facial redonda de silicone, nº 0; Máscara facial redonda de silicone, nº 1; Respirador artificial; Manta Térmica de Emergência Aluminizada; Copo de aspiração; e Ultrassom, em um valor total de INVESTIMENTO superior a 200 mil reais.
– Quanto às afirmações caluniosas e difamatórias em relação ao município e seus administradores, as providências jurídicas já estão sendo tomadas.
– Em relação ao contrato mantido pela profissional com o hospital, o município não tem ingerência em seus termos, tendo a entidade administradora autonomia total na gestão.
– O município de Taquari já notificou, nos dias 06/07/2018 e 17/07/2018, a entidade administradora do hospital pela não execução da totalidade dos serviços de obstetrícia contratados.
– Sobre todas as leviandades publicadas nas redes sociais pela referida médica, cabe ressaltar o comportamento antiético e antiprofissional da mesma, em divulgar informações inverídicas.
– Cabe ressaltar que a Administração Municipal é aberta ao diálogo com todos os profissionais e comunidade, sendo descabidas quaisquer assertivas , tais como a que segue: “ficaram com raiva de mim por ter falado a verdade e fizeram essa sacanagem” (como referido pela médica na postagem) por discordância de opiniões.
– Para finalizar, o município está aberto à todos para maiores esclarecimentos, sempre prestando um serviço transparente e prezando pela lisura na Gestão Pública, marca da nossa Administração.

O que dizem a Prefeitura e o Inapp

O jornal o Fato Novo entrou em contato com a prefeitura e o Inapp para se posicionarem em relação aos fatos ocorridos. A prefeitura informou que os esclarecimentos foram enviados na nota oficial emitida na semana. O Inapp também se manifestou através de nota oficial.
O Fato Novo questionou a prefeitura sobre o valor que a médica recebia para fazer o plantão e se tinha sido pago. A prefeitura disse que não tem gerência sobre contratos de funcionários pelo hospital.
O jornal O Fato Novo apurou que a médica não tem vínculo empregatício com o Inapp, que é contratada de uma empresa, responsável pela contratação dos médicos, para realizar dois plantões, de 24 horas, por semana, no valor aproximado de R$ 22 mil mensais.

Nota do Inapp

O Instituto Núcleo de Apoio às Políticas Públicas – INAPP, na qualidade de gestor do Hospital São José, em decorrência de instrumento formalizado com a prefeitura do Município de Taquari, vem, por meio desta nota, em homenagem aos princípios da transparência, publicidade e controle de gestão, esclarecer à população interessada que, em relação à conduta da médica Lívia Guaitolini quanto aos fatos ocorridos na data de 18/07/2018 nas dependências do Hospital São José, já estão sendo instaurados os procedimentos internos para fins de apurar o ocorrido.
Na data suprarreferida, a Sra. Lívia Guaitolini entrou em discussão com demais funcionários do hospital e, em aparente descontrole, causou danos materiais às dependências internas do nosocômio. Diante do ocorrido, os fatos também estão sendo levados a conhecimento dos órgãos competentes (polícia civil e poder judiciário) para fins de apuração de eventual crime de dano ao patrimônio público, bem como para que haja a devida responsabilização e ressarcimento ao erário.
Pedro Dinarte Faleiro
DIRETOR PRESIDENTE
Fernando Wegner
DIRETOR ADMINISTRATIVO DO HOSPITAL SÃO JOSÉ

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