Cinco pessoas foram localizadas em condições insalubres em uma residência na rua Valdir da Costa, bairro Parque do Meio. Segundo a polícia, no local, funcionava uma instituição de longa permanência clandestina e os moradores estavam em situação de maus tratos, sem alimentação adequada, em uma sala de quatro metros quadrados com janelas fechadas e cheiro forte de urina e fezes.
A instituição foi encontrada após denúncia feita à Assistência Social do município. A equipe solicitou apoio da Brigada Militar para averiguação da informação. Segundo a BM, ao chegar no local na manhã de ontem, por volta das 10h, uma mulher que estava no endereço disse que o lugar era uma residência onde morava ela e sua avó, e que ninguém entraria sem mandado. “Neste momento foram ouvidos pedidos de socorro vindos do interior da casa, sendo que prontamente a guarnição entrou no local e constatou cinco idosos no interior da casa, com condições totalmente insalubres”, informou a Brigada Militar.
A corporação também relatou que os moradores disseram que alguns dormiam no chão, passavam frio por falta de cobertas, tomavam banho uma vez por semana, além de receberem poucos alimentos. Foram localizadas pastas com documentação dos moradores, escala de serviço de supostos cuidadores, várias caixas de remédios e itens usados no dia a dia, como fraldas e cadeiras de roda. O local não tinha autorização para funcionamento como instituição de longa permanência.
A mulher que estava como responsável da casa no momento da chegada da polícia, de 36 anos, informou à Polícia Civil que trabalhava como cuidadora no local. Ela não tinha antecedentes policiais, foi ouvida e liberada. Segundo a Delegada de Polícia Betina Martins Caumo, foi instaurado procedimento policial, visando, entre outros, à oitiva de um casal que seria responsável ou proprietário do local e oitiva de familiares dos internos. A Polícia Civil também vai averiguar se houve apropriações dos bens das pessoas que residiam na instituição. O casal proprietário da clínica seria um homem de Taquari e uma mulher de Triunfo. “Das cinco pessoas que eram cuidadas nessa instituição de longa permanência clandestina, apenas duas eram maiores de 60 anos. Alguns são de Taquari, outros não”, detalhou a delegada Betina Martins Caumo.
A Policia Civil segue o trabalho de investigação sobre o caso. O local foi interditado. As cinco pessoas que moravam na instituição foram retiradas e ficaram sob responsabilidade da secretaria municipal de Assistência Social. Ontem mesmo, a equipe da pasta encaminhou todos os moradores para suas famílias. Duas pessoas eram de Taquari, duas de Venâncio Aires e uma da localidade de Catupi, em Triunfo.
Segundo a coordenadora municipal de Assistência Social, Marisa Fazenda, as informações da pasta são de que a instituição estaria há dois meses em Taquari e, anteriormente, funcionou em Triunfo.