O comércio de itens não essenciais foi liberado para abrir depois que as medidas de propagação do Covid-19 foram flexibilizadas pelo governador Eduardo Leite e, consequentemente, pelo prefeito Maneco, na semana passada.
Para receber os clientes, os estabelecimentos tiveram que adotar uma série de medidas, entre elas, disponibilizar álcool em gel, reduzir o número de funcionários e de clientes, além de participar de curso de boas práticas no combate ao Covid-19. Com isto, o que se viu na semana foram inúmeras filas de pessoas aguardando para entrar nas lojas das ruas Sete de Setembro e Albino Pinto, que concentram o comércio.
Outra medida determinada no decreto de flexibilização entrou em vigor na quarta-feira, 22. Para não dar a sensação de normalidade e para evitar aglomeração, está proibido estacionar nas ruas Sete de Setembro, Osvaldo Aranha e Albino Pinto, no trecho entre a Praça da Matriz e a rodoviária, tanto motocicletas como automóveis. No primeiro dia da nova medida, muitas pessoas desconsideraram a norma e a Brigada Militar teve que orientar. “A população tem se mostrado muito compreensiva com relação à questão. Estamos tendo cuidado com a forma como vamos atuar neste momento. Teremos reuniões semanais de reavaliação da situação, em conjunto com a Prefeitura e CDL, que dependendo da evolução da epidemia poderemos liberar o restringir um pouco mais”, disse o comandante da Brigada Militar de Taquari, Fábio Bilhar. Na tarde de ontem foram colocadas placas informando sobre a nova regra.
Porém, mesmo sendo uma medida de segurança, nem todos concordam. “Como as pessoas que são deficientes e precisam de auxílio para chegar nos lugares ou querem fazer rancho, porque fecharam até a entrada do mercado e vão colocar as compras no carro, vão fazer? A gente é novo, e as pessoas de idade? Essa medida é exagerada”, opina José Edson Rangel, 54 anos.
Segundo o prefeito, a restrição visa a diminuir a sensação de normalidade, ampliar o espaço para as pessoas que precisam circular e evitar aglomerações. “O trânsito está permitido. Está proibido é estacionar. A ideia é a pessoa comprar o que é necessário ou pagar e ir embora”, destacou.
CDL emitiu comunicado sobre a situação
A diretoria da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Taquari emitiu, na noite de ontem, um comunicado sobre a questão do trânsito. Segundo a nota, em reunião com o Prefeito, membros da Associação dos Contadores de Taquari, Tabaí e Paverama, Brigada Militar, fiscalização municipal, chefe do Legislativo Municipal, Sindicato dos Comerciários, entre outras autoridades, foi destacada a difícil situação que comerciantes e pequenos empresários estão enfrentando. Foi solicitado que a restrição do estacionamento seja limitada a 50%, ou seja, permitir o estacionamento em um dos lados da via. Segundo a CDL, hoje será realizada uma reunião entre prefeito, fiscalização e Brigada Militar para avaliar a possibilidade de mudança nas medidas determinadas. “Sabemos que o ideal é a liberação por completo do estacionamento, pois já estamos atuando com medidas restritivas de atendimento e tomando as devidas precauções, porém, devido à crise sanitária e de saúde, isso não é possível”, diz a nota.