PAVERAMA: Carlos Dutra justifica o voto em branco na eleição da presidência da Câmara

A eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores em 2020 ocorreu na quinta-feira, 19 de dezembro, e teve duas chapas inscritas. De um lado, os vereadores dos partidos que fazem oposição ao governo Vanderlei Markus, Cenilda Cassol (PSB), Serginho Griebeler (Progressista), Luciara Silva (PSDB) e Solferino Alves (Progressista). Do outro, os integrantes da base do governo, Vanderlea Machado (MDB), Joce Vargas (MDB), Ricardo Kochem (MDB) e Davi Souza (PDT). O presidente da Câmara de Paverama em 2019, Carlos Dutra (Progressista), foi o único a ficar de fora das chapas e votou em branco na eleição.
Nesta semana, ele contou a O Fato o que motivou a decisão de não apoiar nenhum grupo, nem mesmo o que tinha dois integrantes do seu próprio partido, o Progressista. “A gente não tinha motivo para votar em um e não votar no outro. Eu não olhei a questão partidária, olhei a questão do ambiente da Câmara. Na última eleição, conseguimos unir os dois grupos e todos votaram na gente. Eu gostaria que tivesse mantido o mesmo padrão de unir todos os grupos”, justificou. Para o vereador, os colegas entenderam a decisão. O jornal também questionou se há possibilidade de ele trocar de partido, caso seja aberta uma janela partidária em março, mas Carlos informou que não tem nada definido sobre isso. “Não conversei com ninguém, num primeiro momento, a gente não está interessado nisso”, disse.
O Fato conversou ainda com o presidente do Progressista em Paverama, o também vereador Serginho Griebeler, para saber a posição da executiva do partido em relação ao posicionamento do vereador. Serginho disse que não haverá nenhuma punição a Carlos. “Foi uma decisão dele, ia ficar pior se tivesse votado nos outros. Ele ganhou os nove votos e agora decidiu não votar em ninguém”, relatou o presidente do Progressista.
Com o voto em branco de Carlos, a eleição restou empatada em quatro a quatro. Cenilda Cassol (PSB) foi eleita a presidente para 2020, pois o regimento interno da Câmara determina que, em caso de empate, vence o vereador mais velho. A outra candidata a presidente era Vanderlea Machado (MDB).
O jornal tentou entrevista com a nova presidente da Câmara, Cenilda Cassol, mas ela não respondeu às perguntas.