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O decreto municipal publicado no dia 2 de julho, reiterando o estado de calamidade pública em decorrência da pandemia de coronavírus, ainda manteve vedada a realização de festas, reuniões ou eventos em Taquari. No entanto, nesta semana, o assunto voltou a ser debatido na Prefeitura.
Na manhã da quarta-feira, promotores de eventos tiveram uma reunião com o prefeito André Brito. Após o encontro, a assessoria de imprensa da Prefeitura divulgou que, se não houver crescimento no número de casos ativos de covid-19, ou seja, quando a pessoa infectada pode transmitir o vírus a outras, as festas de aniversário infantis serão liberadas a partir de 31 de julho.
A realização do evento seguirá as normas estabelecidas no decreto estadual que permite a realização mantendo o distanciamento de dois metros entre as mesas; o máximo de cinco pessoas em cada uma delas; duração de até quatro horas e, no máximo, 70 pessoas no local do evento. Ainda não há definição se esse número inclui as pessoas que estarão trabalhando ou se, apenas, os convidados. A lotação máxima será limitada pela quantidade de mesas que for possível disponibilizar no local, conforme as regras. Não serão permitidos bufês e os alimentos estarão servidos em cada mesa. Poderá haver espaço para fotografias e todos devem permanecer de máscara para circular. Os eventos poderão acontecer só em casas de realização de festas, não podendo ser nas residências, por exemplo. Não é permitido o uso de brinquedos e todos os eventos devem estar protocolados na Prefeitura, tendo alguma pessoa como responsável.
Para os demais eventos, se a situação da pandemia permanecer estável, em 14 de agosto deverão ser liberadas as festas de 15 anos e os casamentos.
A realização de festas infantis, sociais e de entretenimento em bufês, casas de festas, casas de shows, casas noturnas, restaurantes, bares e similares com restrições está permitida no estado desde maio de 2021. Nos municípios de Tabaí, Fazenda Vilanova e Paverama os eventos estão ocorrendo conforme o decreto estadual.
“Não foi como planejamos, mas foi perfeito”
Os eventos estão vedados em Taquari desde 19 de março de 2020, quando foram publicados os primeiros decretos com as medidas restritivas de prevenção ao contágio. Desde então, dezenas de pessoas remanejaram, por diversas vezes nos últimos meses, as datas de aniversários, formaturas e casamentos.
O casal Marcelo Emanuel Bastos Oliveira, 40 anos, e Bruna Ribeiro Fritz, 28 anos, começou a planejar o sonhado casamento para ser realizado em 2021, há mais de um ano. “Logo que falamos no assunto, estava iniciando a pandemia. Tínhamos certeza de que quando chegasse em maio (de 2021), pelo menos, alguma coisa estaria liberada, tínhamos muita esperança”, conta Bruna. No início, a ideia era convidar 300 pessoas, mas, conforme a situação da pandemia foi piorando, foi necessário reduzir e a programação prevista passou para 70 pessoas. Com a proximidade da data que o casal escolheu para o casamento, 8 de maio de 2021, eles viram que não teriam como fazer a recepção pós-cerimônia, que seria uma janta. “Felizmente, a nossa data ficou bem na época em que liberaram a cerimônia religiosa para acontecer na Igreja, dentro do que estava permitido, com, no máximo, 40 pessoas, para manter bastante distanciamento”, diz a noiva.
Na época, não foi possível fazer a recepção desses convidados. “Fizemos na modalidade drive-thru. Toda a janta foi entregue em frente ao estabelecimento e não foi preciso adiar o sonho que tínhamos, o de realizar o casamento. Não foi como planejamos, desde o início, mas foi perfeito, como deveria ter sido, com os nossos familiares. Foi tudo muito bom, como queríamos, no fundo, que fosse, porque deu tudo certo”, destacou. Compareceram apenas os padrinhos, os pais, um tio do lado materno e um do lado paterno, um primo também de cada lado de cada um dos noivos para representar a família, os amigos também representando os demais. Todos os convidados usaram máscara, o que também estava disponível na entrada da igreja, junto do álcool em gel e foi feita a aferição da temperatura. As lembrancinhas foram frascos de álcool em gel com o adesivo alusivo à cerimônia. No ato civil, teve apenas um casal de padrinhos para não haver aglomeração.
