O Fato Taquari Jornal On-Line
Seguindo a onda do momento de muitos músicos, o grupo de samba e pagode, Tardinha, de Taquari, organizou uma live (transmissão ao vivo pelas redes sociais) na tarde do último domingo. O intuito era arrecadar meia tonelada de alimentos para distribuir a famílias e entidades, mas o resultado foi além do esperado. O grupo idealizado há um ano para animar festas no final da tarde, formado por Lucas Martin (pandeiro), Gustavo (reco), Scheidt (rebolo), Walter Rodrigues (vocal), Fred Grave (cavaco), Piba Franke (surdo) e Yuri (violão), neste período de pandemia de Covid-19, reuniu-se para dar a sua contribuição aos que estão sofrendo com a crise econômica.
A transmissão ganhou as redes sociais e, ao final da live, foram arrecadadas duas toneladas, de alimentos e mais 500 máscaras. O evento tinha os parceiros, Seitel Telecomunicações e Supermercado Ávila, que se comprometeram em dobrar a quantia de alimentos angariada. Ao final, foram quatro toneladas de doações (duas mil na live, mais duas mil dos parceiros) e 500 quilos que a empresa Zanc doou mas não entrou na conta.
“Na hora que começamos a tocar e o celular começou a descer as mensagens, ficamos muito surpresos e isso deu uma emoção. Foi uma surpresa gigante ver que pessoas , que nunca imaginávamos , participando, comentando, mandando doações. Não tenho palavras para expressar”, diz o integrante Lucas Martin.
A transmissão teve estrutura de evento profissional, com três câmeras e entrada de vídeo de artistas e amigos de integrantes do grupo como forma de incentivo. “Quando começamos a pensar em fazer a live, ficamos preocupados com a questão do vírus, como seria a repercussão da ideia de fazer uma live na quarentena. A gente tava com medo de sofrer um ataque por isso, mas seria uma coisa bem básica, transmitiríamos pelo celular e com o som razoável só para passar a mensagem. Daí veio a ideia de passar os apoiadores que já temos da Tardinha, e vimos que teria a necessidade de investir nisso. Procuramos a produtora de eventos aqui de Taquari, que fez um valor para o som e a transmissão. Este valor nem cogitamos porque foi investimento nosso. Normalmente somos pagos para fazer um evento, neste, nós pagamos. Tivemos uma qualidade que nem imaginamos que teríamos, com três câmeras, todos os apoiadores sendo valorizados no fundo da tela, com vídeos de músicos entrando na tela, tudo isso superou, além do número arrecadado, a qualidade de imagem e som que o pessoal teve em casa”, conta Martin.
A live foi realizada da sede do Renascença Taquari Tênis Clube (Retatec), que cedeu o espaço, e 14 pessoas estiveram no local, sendo os sete componentes da banda, dois apresentadores, três para o som e imagem, um auxiliar geral e um para registrar as doações feitas.
A arrecadação será encaminhada para a Secretaria de Assistência Social, Centro Espírita, famílias que fizeram a solicitação, hospital São José, de Taquari, e para o Ministério Internacional Rio de Glória (MIRG).
