A maioria dos professores que seguiam em greve voltou às atividades nesta semana, o que proporcionou o retorno às aulas nas escolas Barão de Ibicuí, Júlio de Castilhos, Nossa Senhora da Assunção e Pereira Coruja, que estavam paralisadas há cerca de 30 dias. Ainda há professores em greve no município.
Na Barão de Ibicuí, foram retomadas as aulas em todas as turmas de currículo (1º ao 5º ano). Na área, ainda existem 15 professores em greve e as atividades são parciais. Na Nossa Senhora da Assunção, a situação é semelhante. As aulas voltaram para as turmas de currículo, mas ainda há oito professores e três funcionários em greve.
Na Júlio de Castilhos, as aulas retornaram em todas as séries, mas uma professora e uma secretária continuam em greve. No Instituto Pereira Coruja, a previsão era de voltar às aulas hoje para todas as turmas. No local, trabalham 62 professores. Ainda não está definido se todos voltarão.
Segundo o diretor interino do Pereira Coruja, André Vanderlei da Silva, os professores decidiram retomar as atividades, após o adiamento da votação dos projetos que afetam a carreira do magistério. As propostas do Governo do Estado iriam à votação na última terça-feira, mas agora devem ser apreciadas somente no final de janeiro. “Na última reunião, foi decidido que nós ficaríamos na paralisação até a votação no dia 17 ou se ele retirasse de votação os projetos que nos atingem diretamente, nós voltaríamos imediatamente. E o governador recuou, provavelmente porque sentiu que não passariam”, contou. Na Júlio de Castilhos, outro fator que contribuiu para o retorno às aulas foi a questão do transporte escolar, já que a escola é situada no interior do município. “Pela incerteza do pagamento do transporte nos dias letivos, após reunião, mesmo achando que deveríamos continuar a greve, resolvemos retornar às aulas, mas mantemos o apoio às colegas que lutam contra esse governo autoritário”, relatou a diretora, Sirlei Marques.
O cronograma de recuperação das aulas está sendo elaborado pelas escolas e necessita de aprovação da Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Provavelmente, os educandários que ficaram mais tempo sem atividades encerrarão o ano letivo na segunda quinzena de janeiro.