Na tarde de quarta-feira, 7 de agosto, um desmanche, localizado no KM 2 da Rodovia Aleixo Rocha da Silva, foi autuado e interditado. A ação foi realizada pela Secretaria Estadual de Segurança, em parceria com o Detran, Brigada Militar Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias, na 83ª Operação Desmanche.
Conforme a coordenadora da operação, capitã Marta França Moreira, 30 toneladas de sucata foram recolhidas no local. “Todo material que não tem procedência está sendo apreendido e foi constatado que é um desmanche irregular. Ele não poderia vender peças e sucata sem o credenciamento do Detran”, frisou a capitã. De acordo com Marta, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente também esteve no local e foi constatado dano ambiental para a saúde pública, pois o local não tinha controle de propagação de mosquitos.
A coordenadora explica que são irregularidades administrativas, que não configuram crime e o proprietário foi autuado. No local foi encontrado o chassi de um veículo que, no sistema, constava como rodando. “Foi caracterizado o transplante de carcaça, como chamamos a adulteração de sinal de identificador de veículo. O dono foi localizado e levado até a delegacia de Taquari. Ele foi liberado mas responderá a um inquérito”, informa a capitã.
Uma comitiva do Detran de Goiás acompanhou a operação para incrementar ação semelhante no Estado.
Proprietário diz que
não tem condições de regularizar o negócio
Em entrevista a o Fato, ontem, o proprietário do desmanche, um homem de 61 anos, admitiu que não tinha as licenças necessárias para a operação do negócio. “Eu não tenho dinheiro para fazer um pavilhão, nem lugar para construir um e registrar a firma, que é muito caro. Eu estava praticamente parado com este ramo. Funcionava muito pouco, eu estava vendendo o estabelecimento comercial, pois tive um enfarte no ano passado e não consigo trabalhar muito mais. Eles não deixaram um parafuso para mim. Inclusive, eles levaram uma kombizinha pré-histórica que eu tinha. Implorei para não levarem, pois eu tinha uma procuração. Vou procurar um advogado para ver o que vou fazer, era um Kombi 68, eu nem quis ver. Vou pedir de volta o dinheiro, pois a Kombi virou um prego”, disse o proprietário. Há nove anos o desmanche funcionava no local.