A Funilaria Lucas Pacheco, localizada na Rua Professora Lucinda Santos Capelão, no bairro Leo Alvim Faller, completou, neste mês, 10 anos de atividade. A empresa trabalha com produção e instalação de calhas, algerosas, coifas e instalação de lareiras.
O proprietário Lucas Oliveira Pacheco, 34 anos, conta que ingressou nesta área aos nove anos, quando ajudava o tio na funilaria dele. Aos 18 anos, foi prestar o serviço militar e, mesmo no quartel, seguiu na atividade porque trabalhava na oficina. “Praticamente toda a vida foi só com funilaria”, conta.
Ao retornar, seguiu atuando na empresa do tio. Em 2008, decidiu abrir seu próprio negócio na mesma área, o que ocorreu em 2009. “Fui comprando as máquinas para começar a empresa”, lembra. A sede foi construída em um terreno do avô, seguindo o conselho da família, para evitar pagamento de aluguel. “Eu queria alugar um prédio na Aleixo (margem da rodovia), onde estão as demais empresas. Mas meus pais disseram que não seria bom começar pagando aluguel”, lembra. Foi, então, construído o prédio de 40m². “Hoje não me arrependo de não ter alugado”, avalia.
Também no início da empresa, ele não tinha o material nem a principal máquina, necessária para realizar o trabalho, conhecida por dobradeira. No entanto, contou com a ajuda de um amigo, Romeu Quadros. “Quando eu já tinha montado o prédio, me faltaram duas coisas que eram as principais: o material e a máquina dobradeira. Mesmo sendo concorrente, ele me vendia o material mais barato e eu usava a máquina dele. Por uns dois ou três meses foi assim”, recorda, completando. “Foi muito generoso e quando meu serviço tava fraco e ele tinha bastante, eu trabalhava pra empresa dele”.
A máquina foi adquirida por Lucas depois da abertura do empreendimento e é o ponto chave, porque vira as chapas. “Tudo passa por ela, até um cano que é redondo”, completa.
Nos primeiros meses, ele atendia o serviço sozinho. O irmão mais novo trabalhou junto até 2017, quando foi abrir o próprio negócio na área da alimentação. Hoje, são três pessoas, Lucas, Joel Azevedo de Oliveira, que está de férias, e Daniel da Silva, 17 anos, em experiência. A empresa realiza 90% do trabalho em Taquari.
Para o futuro, a meta é ampliar a sede e o número de funcionários. “Nosso serviço depende muito do clima e em dias de chuva que não podemos trabalhar na rua. Podemos produzir aqui dentro, mas não pode ser muito porque não tem onde guardar. Precisamos de mais espaço”, diz. Além disso, avaliando os 10 anos da empresa, Lucas aponta: “Fácil não foi, mas graças a Deus não posso reclamar. Sempre tivemos serviço. Não teve período em que ficamos parados por não ter serviço”.