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Certaja Desenvolvimento busca alternativas para recapitalizar

A assembleia da Certaja Desenvolvimento, realizada na noite da quinta-feira, 28, na sede da Acerta, foi uma das maiores em número de associados, com 150 pessoas, e marcada por manifestações.

O presidente Pedro Maia fez a prestação de contas, destacando o desempenho econômico da cooperativa desde 2008, quando foi desmembrada da Certaja Energia, por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Nestes 11 anos, em quatro deles houve resultado positivo: em 2008, 2009, 2011 e 2012. Em 2017 foi de R$ 631 mil e, em 2018, R$ 1,154 milhão, ambos negativos. Assim, a cooperativa acumula dívidas de R$ 28 milhões, sendo R$ 15 milhões com bancos e R$ 13 milhões com fornecedores. A receber, são R$ 14 milhões dos associados, R$ 6 milhões há em estoque, e o patrimônio está avaliado em aproximadamente R$ 20 milhões. Dos R$ 15 milhões de dívida de financiamento, R$ 12,5 milhões são para bancos e o restante mútuo com a Certaja Energia. “Isto decorre de investimentos na construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), herdadas com o desmembramento das cooperativas, e que não tiveram êxito, causando prejuízo de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. Nos causou um prejuizo muito grande. Em função desta descapitalização, tivemos que usar dinheiro do banco e, lógico, isto tem um custo alto”, salientou. A Certaja busca na Justiça o ressarcimento.
Para reverter a situação da cooperativa, as possibilidades encontradas são a venda do prédio do Supercentro de compras, no valor de R$ 12 milhões, ou a fusão com outra cooperativa. Durante a assembleia, Pedro disse que a Cooperja, do município de Jacinto Machado, em Santa Catarina, esteve visitando a Certaja e que há uma negociação. Ele salientou ainda que, para realizar a fusão, são necessárias a realização de duas assembleias com os associados da Certaja: uma para aceitar o estudo da fusão e outra para ratificar o negócio, além de uma com os associados da Cooperja. Um associado questionou por que uma cooperativa maior iria querer comprar uma empresa quebrada?”. Pedro Maia respondeu: “Porque temos uma área fantástica. A Certaja tem um nome em toda essa região, os associados gostam de trabalhar com a Certaja. Quem tá pensando em vir pra cá tá olhando isso, é uma região que se planta arroz e de muito boa qualidade”, disse, lamentando a cooperativa de Taquari não ter capital de giro para investir.
A Certaja Desenvolvimento possui as atividades da agroindústria (engenho de arroz), agroveterinária, Setor de Serviços Elétricos (que trabalha para a Certaja Energia) e a administração dos aluguéis do prédio do Supecentro, onde há um supermercado, academia, lojas, o Centro Clínico Gaúcho e o Agrocentro. “Em aluguel, contando a parte do agrocentro, são mais de R$ 60 mil por mês”, disse. Em caso de venda do prédio, a administração da cooperativa passará para o prédio do engenho. “Ficaremos com o agrocentro alugado de quem comprar o prédio. Não podemos ficar preso numa alternativa. Temos que resolver esta questão financeira. Operacionalmente estamos positivo e temos condições de crescer”, salientou.

Questionamento do salário do presidente e vice-presidente

Um dos pontos de maior debate na assembleia foi o item da pauta que abordou os honorários do presidente e do vice-presidente para esse ano.

A proposta da mesa foi a de manter o salário. Associados manifestaram-se contra a manutenção do valor e justificaram ser muito alto devido à atual situação da cooperativa. “Me parece que a soma da remuneração do presidente e do vice-presidente fica onerosa para a cooperativa. Com volume de negócios geridos, poderia, num momento de crise, dispensar a presença do presidente e do vice-presidente e ser por uma pessoa só, o eventual vice-presidente ou presidente do conselho”, sugeriu um associado. Também foi colocada a possibilidade de estipular outro nível salarial. Renato Martins, que estava naquele momento comandando a assembleia, falou sobre as responsabilidades do cargo e que o valor do salário ficou definido em 2008, quando ocorreu o desmembramento das cooperativas, mantendo o salário de Pedro Maia, que recebia como engenheiro responsável pela área técnica. “Com certeza o patrimônio do Pedro está todo comprometido, tanto o dele quanto o do Granja (Luís Granja, vice-presidente). Esses financiamentos, todos eles assinaram na esquerda de avalista. Quem é que está com esta disponibilidade de assumir esta causa sem remuneração?”
Após conversa com o presidente e o vice-presidente, foi apresentada a proposta de redução de 8% nos salários, o que foi aprovado pelos associados por 72 votos a favor e 21 contra.
Os demais itens da pauta foram aprovados, tanto da prestação de contas, como de que o Conselho da Administração adquira, aliene ou onere bens móveis e/ou imóveis da Cooperativa; de que o Conselho de Administração, contraia empréstimo junto a instituições financeiras e de que o Conselho de Administração preste fiança e/ou aval solidário visando a contragarantir a emissão de apólice de seguro, garantia para contratação de financiamento, bem como para garantir obrigações assumidas junto a Instituições Financeiras.

Negócios em andamento

O gerente do setor de agroveterinária, Luis Granja, apresentou os números relacionados à atividade. Em 2018, o resultado foi de R$ 201 mil, o menor desde 2008, quando iniciou a Certaja Desenvolvimento.

Em 2017, havia o registro de R$ 742 mil. Os motivos para a queda foram a greve dos caminhoneiros, em maio, que reduziu a venda naquele mês, e a alta do dólar que onerou o preço dos defensivos e fertilizantes. Além disso, a falta de capital de giro, que afeta a cooperativa desde 2013, prejudica financeiramente e operacionalmente os negócios, porque muitos associados tiveram dificuldades para saldar seus compromissos com a cooperativa, causando atraso no pagamentos de fornecedores, havendo a cobrança de juros altíssimos. Há ainda a compra a prazo dos insumos, reduzindo a margem da Cooperativa, o que levou a limitar o crédito. Tudo isso ocasionou a redução no volume de vendas. O gerente também citou os investimentos, como a construção do depósito da filial da Vendinha, o que facilitou as operações da agroveterinária naquela região.
O Setor de Serviços Elétricos, criado em 2010, registrou sobra de R$ 337 mil para a Cooperativa. O resultado deve-se ao contínuo controle de custos e à alta produtividade das equipes de campo.
A marca de arroz beneficiada na Certaja, Nobre do Sul, segundo o gerente da agroindústria Alexsandro Martins está presente em várias cidades de diversos Estados. “De modo especial, a Certaja tem marcado presença no estado de Minas Gerais”, disse.

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