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Mudança no comportamento pode indicar caso de abuso sexual

Na semana passada, O Fato Novo noticiou um fato que chocou os moradores de Paverama. Um adolescente, de 17 anos, foi acusado de ter violentado sexualmente a sobrinha, de apenas dois anos. O crime teria ocorrido na noite de 23 de dezembro, quarta-feira, no quarto em que o jovem divide com a criança e outra sobrinha, de sete anos.

Depois de ser flagrado pela mãe e o padrasto da vítima, o rapaz conseguiu fugir, mas foi encontrado mais tarde pela Brigada Militar. O jovem foi encaminhado para a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo, em Porto Alegre. De acordo com a Polícia Civil, um médico confirmou a ocorrência de um ato violento. Até o momento não se sabe se os abusos aconteciam anteriormente, uma vez que não foram divulgadas mais informações.

Psicóloga diz que vítima tem dificuldade de contar para os adultos

“Não se trata de um fato isolado. Geralmente, o abuso já vem acontecendo, por meio do contato físico, da estimulação, até chegar ao ato sexual”, explica a psicóloga Ana Paula Porto, que auxilia no tratamento de crianças e adolescentes sexualmente abusadas. “A vítima tem dificuldade de contar para os adultos, pois muitas vezes a criança é abusada por pessoas próximas, geralmente familiares”. Devido à proximidade com o agressor, acaba se formando um vínculo afetivo que dificulta a comunicação do abuso.
“Além de físico, o envolvimento do pedófilo também é psicológico. Ele manipula a criança, fazendo com que ela aceite o que está acontecendo. E, quando isso não dá certo, ele ameaça, fala que a mãe vai ficar braba, enche-a de culpa para que ela não conte para ninguém”, detalha.

Saiba como identificar o abuso

Então, como os pais podem saber se uma criança ou um adolescente estão sendo abusadas sexualmente? De acordo com a psicóloga, os primeiros sinais que apontam para um possível abuso estão relacionados às mudanças no comportamento. “A criança, por exemplo, pode ficar mais agressiva ou retraída e querer se isolar. Em outros casos, algumas apresentam aversão ou até mesmo um interesse excessivo por questões sexuais”, explica.
Outra mudança significativa está associada à relação da criança com outras pessoas. “Ela acaba privilegiando determinadas amizade, apresentando uma certa desconfiança com a maioria das pessoas”. Além disso, podem acontecer manifestações de medo quando a criança, ao visitar um local ou ver uma pessoa, remete ao abuso, fazendo com que ela entre em pânico.
O abuso também altera o sono e o apetite. Algumas crianças podem apresentar pesadelos, sono agitado, ou ao contrário, ficarem muito sonolentas. O semelhante acontece com o apetite, perda do apetite ou bastante fome, acompanhada por dores de barriga e mal-estar gástrico.
Já nos casos em que o abuso já vem ocorrendo com maior frequência, a vítima pode apresentar sinais físicos, que podem ser desde roxos, arranhões, ou até machucados pelo corpo ou nas genitais. “Nem sempre as alterações são intensas. Às vezes pode ser algo que vai acontecendo de forma progressiva. Por isso, é importante que os pais estejam presentes e fiquem atentos aos primeiros sintomas”, frisa a psicóloga.

“É um trauma permanente”

Caso a família perceba alguma alteração de comportamento que chame a atenção, é importante procurar um profissional para avaliar a criança. “Pode ser que a mudança não seja nada causada por abusos. Entretanto, em caso de suspeita, é muito importante que seja tomada alguma providência. Não dá para ser negligente”, afirma a psícóloga.
E o tratamento psicológico é fundamental, uma vez que a vítima pode desenvolver uma série de problemas emocionais, como ansiedade, culpa excessiva, baixa auto-estima ou depressão. Além disso, existe a possibilidade de que a vítima venha a praticar abusos no futuro: “Não é regra, mas pode acontecer da pessoa que comete o ato também ter sido vítima. Nestes casos, o tratamento também pode ser preventivo”, explica.
Por mais que o tratamento ajude a amenizar a dor, o resultado irá depender da vítima: “É um trauma permanente. Vão ter aqueles que vão conseguir lidar melhor com isso, mas vão ter aqueles que mantêm a ferida aberta, e vão viver com isso de uma forma bastante intensa.”, conclui.

Como denunciar

Quem deseja realizar uma denúncia pode entrar em contato através do Conselho Tutelar do seu município. Ao serem notificados, será feita uma análise do caso, sendo realizada uma visita à família. Se for confirmado o ato, o Conselho deverá levar a situação ao Ministério Público. Também é possível comunicar o abuso sexual através do Disque 100, serviço Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

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