Taquari ocupa a 5º colocação em incidência de AIDS no Vale

Desde a década de 80, quando foi dado o primeiro diagnóstico de AIDS no país, Taquari registra 77 casos da doença e 26 óbitos. O município é o quinto colocado no Vale em incidência de Aids, com 2,84 casos registrados para cada mil habitantes, isto ao longo de 33 anos.

Dos soropositivos diagnosticados em Taquari, 45 são homens e 32, mulheres. Quando a doença foi detectada, dois eram menores de 5 anos, oito tinham entre 15 e 24 anos e 17 eram gestantes. Mais da metade possui ensino fundamental incompleto.
Embora até junho de 2015, data da última atualização dos dados, nenhum novo caso tenha sido diagnosticado em Taquari, nos últimos anos, a detecção da doença tem aumentado no município. Entre 2010 e 2012, por exemplo, foram 3 novos diagnósticos por ano. Já em 2013 e 2014, essa média aumentou para 10 casos anuais.O secretário de Saúde, José Harry Saraiva Dias, considera positivo o aumento na detecção da doença. “É um ato de monitorar as pessoas, é uma vantagem detectar a AIDS precocemente para ir em busca do tratamento, medicamento. Depois vem outro passo, que seria analisar quando essas pessoas contraíram a doença”, diz.
Segundo o secretário de Saúde, há 35 taquarienses em tratamento através do Serviço de Atenção Especializada (SAE) de Estrela, referência na área para Taquari. Lá, eles recebem atendimento e medicação. “Mas não temos como formalizar quantas pessoas tem AIDS no município. Por sermos uma cidade pequena, muita gente busca tratamento em outros municípios, como Porto Alegre, para que não haja essa identificação de quem tem a doença”, ressalta. Além disso, o SAE considera que, para cada pessoa com diagnóstico soropositivo, há outras três que ainda não sabem que são portadoras do HIV.
A rede pública de Saúde de Taquari ainda não disponibiliza testes rápidos, que podem detectar a doença em cerca de 15 minutos. No entanto, as gestantes e os parceiros das grávidas que ingressam no sistema público têm o exame à disposição. O secretário de Saúde informou que é uma das metas da Administração conseguir recursos para disponibilizar os testes a toda a população. Também é de interesse da Prefeitura montar uma unidade de tratamento específica para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e AIDS, no entanto, para isso é necessária a contratação de um médico imunologista, que ainda não há no município.
O Minsitério da Saúde calcula a taxa de detecção anual de AIDS nos municípios, estados e país considerando um grupo populacional de 100 mil habitantes. Em 2014, Taquari obteve o índice de 36,9 soropositivos a cada 100 mil habitantes (10 novos casos diagnosticados para a população de 27.128). O número é superior a média nacional, que ficou em 19,7, e inferior a estadual, que foi de 38,3 em 2014. No ano passado, o Rio Grande do Sul perdeu o posto de maior taxa de detecção de Aids no país, que tinha desde 2006. O índice mais alto do Brasil em 2014 foi no Amazonas, com 39,2. O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar.
Os dados da doença estão disponíveis no portal do Ministério da Saúde que trata especificamente da Aids. Ele pode ser acessado pela internet, através do link http://svs.aids.gov.br/aids/.

Fazenda Vilanova é o 6º no Vale

O primeiro caso de AIDS detectado em Fazenda Vilanova ocorreu em 2004. Desde lá, são 11 registros no total, o que dá uma média de 2,68 a cada mil habitantes e coloca o município na sexta colocação no Vale em incidência da doença.
São seis homens e cinco mulheres soropositivos. Nove dos pacientes não completaram o ensino fundamental. Houve quatro registros de gestantes infectadas pelo HIV e duas mortes por AIDS. Até junho de 2015, um novo caso foi diagnosticado em Fazenda Vilanova.

Paverama diagnosticou 13 pacientes

O último caso detectado de AIDS em Paverama ocorreu em 2013, mas desde que a doença foi descoberta no Brasil, em 1982, o município tem 13 registros no total. São oito homens e cinco mulheres. Três dos pacientes tinham entre 15 e 24 anos quando descobriram a doença e quatro eram gestantes. A maioria possui ensino fundamental incompleto. Houve dois óbitos tendo por causa da AIDS.

Tabaí registra três mortes entre quatro soropositivos

Até 2002, Tabaí havia registrado dois casos de AIDS. Em 2005 e 2014, novos registros foram feitos, totalizando quatro soropositivos diagnosticados no município. Conforme dados do Ministério da Saúde, destes, três pacientes vieram ao óbito em decorrência da doença.
Dos diagnosticados, três eram homens e uma mulher. Um paciente tinha entre 15 e 24 anos quando detectou a doença. Nenhum era gestante. Três tinham ensino fundamental incompleto e um havia completado o ensino médio.