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Os vereadores eleitos em 15 de novembro participaram da primeira sessão ordinária da legislatura, no fim da tarde da última terça-feira. Além dos agradecimentos e metas para o mandato, o serviço prestado pela Corsan e o contrato com o município estiveram na pauta.
Aldo Gregory (PP) disse que, antes do encontro, havia conversado com algumas pessoas que reclamaram da frequente falta de água fornecida pela Corsan. Felipinho (PSB) relatou que também recebeu reclamações. “Vou ir mais a fundo no contrato com a Corsan e conto com vocês para que a gente possa fazer essa cobrança”, disse.
O presidente da Casa, Luís Porto (PT), relatou que, em outras ocasiões que assumiu cadeira na Câmara, participou dos trâmites para o contrato com a Corsan. “Na época do governo Tarso Genro, nós recebíamos do gerente da nossa unidade da Corsan um relatório anual com as metas para o próximo ano. Era entregue encadernado”, falou, acrescentando que devem ser retomadas as reuniões do conselho municipal de saneamento, que, além de auxiliar na fiscalização dessas questões, viabiliza movimentação de verbas do setor.
Zé Harry (PDT) sugeriu que os nove vereadores se reunissem na Câmara para rever o contrato com a Corsan. “Temos que analisar os compromissos porque esse contrato é muito grandioso. A ampliação da rede de água no Campo do Estado, se a gente não tivesse colocado no contrato, não aconteceria. Temos que postular as reivindicações condizentes com o cronograma desse contrato. Deve ter muitas coisas vencidas ou por se vencer e temos que cobrar isso. E quando a gente fala da Corsan, não é dos funcionários da Corsan, que são muito solícitos e trabalhadores, nossa cobrança é mais profunda, é em relação ao contrato que estabelecido para concessão do serviço “, considerou Zé Harry.
Aldo Gregory (PP) voltou a se manifestar sobre o assunto, sugerindo a disponibilização de cópia do contrato a todos os vereadores. “O município deve ter suas obrigações também, mas a Corsan tem a parte dela a cumprir. A gente não pode deixar nossa população à mercê dessas questões. A pessoa quer tomar um banho, não tem água. Tem muita gente que fica sem água para beber, não tem condições de comprar uma água mineral, a gente tem que se colocar no lugar dessas pessoas”, disse.
Leandro Mariante (PT) informou que, além da situação da falta de água, a Câmara aprovou um requerimento de sua autoria para reunião com a Corsan, a respeito da ampliação do abastecimento em cerca de dois quilômetros de extensão na rodovia Aleixo Rocha. “Tem 30 famílias ali que não têm água encanada, numa distância de dois quilômetros a partir da Rodoquímica. O prefeito nos garantiu que, se o problema é a retro, já está concedida, temos que articular essa parceria com a Corsan, porque no verão eles ficam sem água, os poços secam. A Prefeitura tem que levar água de caminhão pipa”, contou Mariante.
Sérgio Pereira (PDT) considerou a situação inadmissível. “Nós nos criamos lá somente com água de poço e sem energia, mas isso é passado, a gente tem que evoluir. Não tem como deixar famílias sem água. Os poços lá são em partes altas e não vão segurar nesse período de seca”, opinou.
Agradecimentos e metas
Zé Harry (PDT) foi o primeiro a usar a palavra para agradecer os votos recebidos e a ressaltar que a Câmara deve se empenhar na busca por recursos para o município, realizar sessões nas comunidades após o controle da pandemia e ter participação junto ao Executivo. “É importante a presença dos vereadores em permanente discussão com o prefeito. O André já nos disse isso, que quer a presença dos vereadores semanalmente, porque essa é uma construção, de opinião, não é algo individualizado, é coletivo”, relatou.
Aldo Gregory (PP) relatou que é questionado se será oposição ao governo municipal, mas que este não é seu perfil. “Eu sempre lutei por Taquari, trabalhei muitos anos voluntariamente e continuo trabalhando, na medida do possível, para ver a qualidade de vida dos cidadãos taquarienses cada vez melhor. Lutaremos pela saúde, segurança, pelo emprego. Nos últimos anos, muitas coisas aconteceram em Taquari, mas tem muita coisa para fazer. A Zanc trouxe muitos empregos, mas ainda tem muito cidadão de Taquari que ainda está trabalhando, saindo às 3h da manhã. Nós precisamos trabalhar muito e eu sou parceiro de bons projetos para Taquari”, relatou.
Ana Paula (PT) explicou que não pôde comparecer na sessão preparatória e posse por motivos de saúde, agradeceu os votos, aos colegas de partido que concorreram e proporcionaram o aumento da bancada do PT na Câmara e destacou a importância do aumento da representatividade feminina, já que a Câmara, pela primeira vez, conta com duas mulheres eleitas. “Representamos uma luta de uma população que sofre preconceito, que sofre agressão, violência psicológica. A gente está aqui também para representar as mulheres e pedir, principalmente, a compreensão da nossa luta. É difícil medir esse preconceito quando não sofre preconceito, assim é com o negro também. Às vezes, acha que é um exagero, mas não é. Não é nenhuma lorota, isso acontece, inclusive nas Assembléias Legislativas, e espera-se que não aconteça conosco. Eu e a Maria do Carmo (PDT) estamos aqui também para representar as mulheres”, disse Ana Paula. O vereador Zé Harry considerou que a representatividade feminina ainda deve ser ampliada na Casa. “ Que se amplie com a vivência do mundo democrático. Se fosse representatividade por população, nós tínhamos que ter mais mulheres do que homens na Câmara, porque a nossa população é,na maioria, de mulheres”, destacou.
Felipinho (PSB) agradeceu o apoio da família, dos coordenadores de campanha e amigos, e ao partido, que conseguiu eleger pela primeira vez um vereador em Taquari. “Pois a minha votação foi a 13° e, graças à votação dos meus colegas de partido que concorreram a vereador, aqui estou. Foi pela nossa legenda. Agradeço a todos que se dispuseram a candidatar-se, tínhamos 18 pessoas para 14 vagas, e víamos partidos não conseguindo candidatos para fechar a nominata.
Hoje eu tenho um compromisso muito grande com as pessoas de Taquari e acho que temos que mostrar para a população que tem a boa política”, relatou.
Sérgio Pereira (PDT) também agradeceu a todos os apoiadores e a Deus e destacou a importância de se realizar um bom trabalho na Casa. “Nós temos tudo pra fazer a melhor cidade do Vale para se morar e temos quatro anos para mostrar para a comunidade que nós podemos fazer. Eu sou inexperiente na questão política, mas estou tendo o apoio de toda a equipe e assessoria, fui recebido como se tivesse em minha casa. Eu só tenho a aprender e a comunidade vai ganhar”, disse.
Luís Porto (PT) também fez agradecimentos e disse que será democrático na presidência da Casa. “A maioria sempre vai prevalecer. E eu vou fazer todo o esforço para nós fazermos uma economia, para ajudarmos o André e o Ramon. Eu tive uma experiência na secretaria de obras e eu sei o quanto faz falta o dinheiro. Fomos eleitos para o Legislativo, mas somos taquarienses, não fomos eleitos só para votar projeto, mas para apoiar”, considerou.
Leandro Mariante (PT) informou que trabalhará por três bandeiras inicialmente. “ A agricultura, que precisa de ações concretas pelo Executivo, como limpeza dos açudes, melhorias aos acessos às propriedades, manutenção das estradas para escoar a produção. Educação, que é um tema importantíssimo, como será o retorno das aulas ou calendário de 2021? A metodologia, logística e como vai ser desenvolvido. E a saúde, que hoje temos um hospital equipado e agora precisamos municiar de profissionais”, salientou.
Felipinho (PSB) acrescentou que a pandemia de Covid-19 também traz outros pontos a serem analisados, como o fim do auxílio emergencial em 2021, quando ainda há muitas pessoas desempregadas ou sem poder trabalhar com seus empreendimentos, e a questão da vacinação contra o coronavírus.
