Nesta semana, o jornal O Fato foi procurado pelo morador do bairro Coqueiros, Gladimir Rodrigues de Souza, que reclamou sobre um atendimento realizado à sua esposa Jaqueline Rosa de Souza, entre os dias 2 e 4 de novembro.
Segundo relato de Gladimir, a paciente deu entrada na instituição no dia 2, por volta das 7h, sem conseguir caminhar e falar. O médico plantonista teria diagnosticado virose e dado alta à paciente por volta das 17h. “Foi um absurdo. Eu não levei ela para casa daquele jeito, fui direto a Lajeado”, conta.
Gladimir procurou atendimento para a esposa no Hospital Bruno Born, onde ela teria sido diagnosticada com AVC e passado a noite sob observação. No domingo, o hospital de Lajeado teria informado que a paciente deveria ser encaminhada ao Instituto de Cardiologia em Porto Alegre, onde já realiza tratamento para problemas cardíacos, para investigar o que causou o AVC. No entanto, o encaminhamento deveria ser feito pelo hospital de Taquari, pois a paciente era residente deste município. Por isso, no domingo, dia 3, Jaqueline teria sido encaminhada de ambulância do Hospital Bruno Born para o Hospital de Taquari.
Segundo o morador do Coqueiros, Jaqueline ficou no Hospital São José de domingo para segunda-feira, quando os familiares teriam sido orientados pela equipe do hospital a colocarem a paciente no carro e levar para o Instituto de Cardiologia em Porto Alegre, com a justificativa de que eles já conheciam o local pois Jaqueline realizava tratamento há anos na instituição. Isto foi feito na segunda-feira, 4 de novembro, quando a paciente deu entrada no Instituto de Cardiologia, onde teria passado a receber medicamento para desobstrução de veias, problema que teria causado o AVC. A moradora do Coqueiros ganhou alta da instituição na última terça-feira.
Seu esposo questiona o fato de ela ter recebido em Taquari o diagnóstico de virose, assim como não ter sido encaminhada de ambulância para Porto Alegre no dia 4 de novembro. Gladimir também citou o fato de o médico plantonista ter sido o mesmo nos três dias em que a paciente esteve no Hospital de Taquari, ou seja, 2, 3 e 4 de novembro.
O que diz o hospital
Por e-mail, o jornal solicitou à direção do Hospital São José um posicionamento sobre o caso. Segue na íntegra. “Grato pelo envio do relato do Sr. Gladimir. Posso apurar as condições do atendimento aqui na nossa emergência. Por questões de ética e sigilo sobre o prontuário do paciente, fico impedido de socializar essas informações. Seria interessante que o Sr. Gladimir pudesse vir ao hospital e formular sua queixa, para que encaminhássemos ao nosso Diretor Técnico, Dr Dilli, para que este emitisse uma avaliação técnica em relação à paciente, diretamente aos familiares”, disse a direção da instituição.