O centenário Theatro São João deve estar de cara nova em 2020. Segundo o presidente da sociedade mantenedora da entidade, Homero Canabarro Cunha Neto, 80% da parte de alvenaria da reforma está concluída e a obra, custeada por empresas através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) e Prefeitura Municipal, deve ficar pronta na metade do ano que vem.
A revitalização, no valor de R$ 984 mil, iniciou em fevereiro deste ano e contempla a reforma dos dois ambientes do teatro, o superior, onde estão palco e plateia, e o inferior, desde o hall de entrada, onde estão banheiros, camarins e sala de multiuso. A obra inclui também a troca do telhado do prédio, que já foi concluída. “Todo o teatro ficará adequado a cadeirantes, tanto palco como plateia, banheiros”, informa Homero.
Atualmente, cerca de 20 trabalhadores atuam na reforma, que deve desacelerar nos próximos dias. Isto porque está sendo concluída a parte de alvenaria e o restante da obra depende de repasses financeiros. De acordo com o presidente da Sociedade Cultural Theatro São João, estes primeiros trabalhos custaram cerca de R$ 500 mil. Ainda falta a Sociedade Cultural receber em torno de R$ 480 mil para conclusão do projeto. “Nós só começamos qualquer etapa quando todo o valor da etapa está depositado no banco. No momento, não temos valores para começar uma nova, que seria colocar o piso em todo o teatro ou colocar o forro. Destes R$ 480 mil que estão faltando entrar, nós já conseguimos R$ 200 mil em compromissos, então está faltando compromissar R$ 280 mil”, informou. Este valor compromissado ainda não está depositado na conta da entidade, tendo em vista que é repassado em parcelas mensais. Segundo Homero, assim que estiverem depositados cerca de R$ 100 mil, é possível começar mais uma parte da revitalização.
O prédio do Theatro São João foi construído em 1893, tendo 126 anos de existência. O projeto de reforma do local foi aprovado no ano passado junto à Lei de Incentivo à Cultura (LIC), através da qual empresas podem doar parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), devido ao Estado, para a reforma do teatro. Financiam o projeto as empresas Certaja Energia, Certaja Desenvolvimento, Motasa, Móveis Castro, Supermercados Ávila, Certel e Adama, além da Prefeitura de Taquari, que custeou 10% da obra (R$ 98,4 mil).