Sabe aquele Papai Noel que marca você na infância? Aquele que, às vezes, você admirava quando era criança ou, talvez, tivesse medo? Eu também tive um. Nos anos 80, eu olhava para aquele Papai Noel e ficava pensando quem é seria aquele cara. No outro ano, era a mesma coisa, e só me falavam que era um Papai Noel, até que um dia olhei no grão dos olhos dele, como diria Paulinho Mixaria, e reconheci: Caramba! É o mesmo cara que me vende picolé. Aí descobri que era o Luiz Fernando Freire Junqueira, o Luizinho Junqueira, que trabalhava na prefeitura. Depois não o encontrei mais. Passaram-se muitos anos e, neste domingo, no IAPD, em encontro dos ex-alunos do Patronato, o encontrei e ai aproveitamos para bater um papo. Informo a quem, como eu, acompanhou o trabalho do nosso Papai Noel, que ele agora mora em Canabarro, município de Teutônia, está casado, tem um filho e está com 58 anos. Atualmente trabalha em um supermercado daquele município e até hoje atua como Papai Noel, sempre gratuitamente. Ele contou que só cobrou para ser Papai Noel, quando queria juntar dinheiro para dar presentes aos mais pobres. “Foi um período, em Taquari. em que cobrávamos para ir nas casas de quem podia pagar, e esse dinheiro era usado para dar presentes aos mais carentes”. Que bom que o Papai Noel está bem!