Uma vistoria do Centro Estadual de Vigilância em Saúde resultou na interdição do bloco cirúrgico e do Centro de Material e Esterilização do hospital São José. A situação ocorreu no dia 24 de julho de 2018 e ainda não foi solucionada. Com o setor bloqueado há um ano, aumenta a dificuldade no atendimento à população, além da arrecadação de recursos para a instituição. A obra que resolverá o problema é licitada pela prefeitura
Segundo o prefeito Maneco, a primeira licitação para contratar empresa que realizará a reforma do bloco cirúrgico deu deserta, ou seja, não houve interessadas. A segunda licitação terá as cartas-propostas abertas na quinta-feira, 15 de agosto, às 9h, na prefeitura. “Só vamos saber no dia se há empresas interessadas em realizar a obra. Se der deserta de novo, podemos contratar sem fazer a licitação. Vamos procurar as empresas e achar uma que faça pelo valor que nos propomos pagar”, explicou o prefeito. A reforma tem investimento de R$ 602.019,00, com recursos próprios do município. Segundo ele, a obra começa até o final do ano. “Queremos começar e concluir essa obra o mais rápido possível”, salientou.
De acordo com o diretor do Hospital São José, Oscar José Fernandes Júnior, a interdição do setor dificulta o trabalho da casa de saúde e o atendimento dos pacientes, que precisam ser encaminhados a instituições fora de Taquari. A perspectiva é de grande melhora no atendimento prestado pelo hospital quando a obra estiver concluída, assim como aumento de receita, que passará a agregar mais serviços. “Os pacientes voltarão a ter atendimento no próprio município em uma estrutura ampla, adequada e moderna, de acordo com a legislação vigente. Esse processo trará mais comodidade, segurança e resolutividade no atendimento cirúrgico, otimizando os fluxos de atendimento, inclusive com possibilidade de ampliação do quadro clínico”, informou Oscar José Fernandes Júnior. O diretor salientou que, após a conclusão da obra, poderão voltar a ser realizadas cirurgias de baixa e média complexidade em Taquari.
O que precisa ser corrigido
O setor foi interditado para correção de situações de rotina, segundo informou na época o coordenador regional de Saúde, Ramon Zuchetti. Uma das situações era o uso do mesmo acesso (porta) para entrada de material sujo e saída do limpo. O correto, segundo a coordenadoria, seria entrar com o material sujo por um lado e sair com o limpo pelo outro. Outras situações apontadas foram a atualização de Procedimento Operacional Padrão (POPs) pela enfermagem, o controle da água utilizada em todos os setores e do programa integrado de controle de pragas e vetores. A fiscalização também citou a pia de escovação pré-cirúrgica de mãos em quantidade insuficiente e com torneira inadequada com relação ao sistema de aquecimento e quanto ao fechamento; existência de alçapão no forro de gesso da sala cirúrgica; a inexistência de controle de todos os procedimentos de limpeza e desinfecção química dos materiais processados no CME e do fluxo na área limpa do CME para que não ocorra o cruzamento de materiais esterilizados e não esterilizados.